terça-feira, 21 de março de 2017

SAIBA AQUI O QUE É ÓSCULO SANTO E O SEU SIGNIFICADO - DEVEMOS USÁ-LO NA IGREJA HOJE?

Ósculo santo era um tipo de saudação comum na Igreja Primitiva, onde os cristãos cumprimentavam uns aos outros com beijo no rosto. Algumas pessoas ficam em dúvida se devem ou não adotar essa prática, então, a seguir, entenderemos melhor o que é o ósculo santo na Bíblia e qual o seu significado.

O significado do ósculo santo

Antes de tudo, precisamos compreender que ósculo significa “beijo”. A palavra ósculo, ou simplesmente beijo, geralmente traduz no Antigo Testamento o hebraico nashaq que no sentido de cumprimento significa “beijar” ou “tocar gentilmente”.

No Oriente era comum que nas saudações ou despedidas as pessoas fizessem uso do duplo ósculo, onde cada lado da face era beijado rapidamente. Esse costume era adotado especialmente pelos judeus, e ainda hoje é utilizado pelos homens em várias partes do mundo, sobre tudo, nos países orientais.

No Antigo Testamento existem várias passagens que fazem referência ao ósculo, como por exemplo, na chegada de Jacó a casa de Labão (Gn 29:13), ou então em 1 Samuel 10:1, onde o profeta Samuel beijou Saul após ungi-lo rei de Israel. No contexto dessa passagem, o ósculo foi um sinal de reconhecimento a autoridade do rei que havia acabado de ser ungido.

Já no Novo Testamento o ósculo traduz o grego philema que também significa “beijo”. Também existem diversas passagens neotestamentárias onde o ósculo é descrito em pelo menos três aspectos diferentes: como uma expressão de afeição, como um beijo enganoso e como um costume entre os membros da comunidade cristã.

No Evangelho de Lucas 7:36-50, lemos o relato sobre a pecadora que ungiu os pés de Jesus na casa de Simão durante um jantar. Devido à forma com que o fariseu julgou aquela mulher, Jesus lhe disse: “Você não me saudou com um ósculo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar meus pés” (Lc 7:45).

Nesse caso, o ósculo está sendo usado como um claro sinal de afeição, ou seja, o fariseu poderia alegar ter afeição por Jesus, mas não demonstrou isso de uma forma expressa.

No episódio em que Jesus estava orando no Getsêmani e foi traído por Judas Iscariotes, o ósculo foi o sinal utilizado pelo discípulo para traí-lo (Mt 26:47-49; Mc 14:44,45; Lc 22:47,48). A Bíblia registra que Jesus perguntou a Judas: “É com um beijo que você trai o filho do homem?” (Lc 22:48).

Essa passagem mostra que o ósculo, mesmo sendo um sinal visível que expressa o amor, nem sempre é usado com essa finalidade, ou seja, nem sempre é sincero. Aqui, um costume comum de saudação que indicava respeito, amizade e afeto, foi utilizado de uma forma irônica e terrível.

A terceira aplicação do ósculo no Novo Testamento diz respeito ao cumprimento entre os cristãos, conforme veremos no tópico a seguir.

O ósculo santo na Igreja

O típico costume judaico de saudar as pessoas fazendo uso do beijo também foi adotado pelos cristãos, não apenas pelos que eram judeus, mas inclusive por cristãos gentios. Essa prática foi incentivada em diferentes passagens bíblicas no Novo Testamento (Rm 16:16; 1Co 16:20; 2Co 13:12; Ts 5:26; 1Pe 5:14).

É exatamente nessa aplicação onde aparece a designação “ósculo santo”, do grego philemati hagio. Ao adicionar o grego hagios, que significa “algo muito santo” e deriva de hagos, “uma coisa grande”, “sublime”, o apóstolo obviamente estava pretendendo enfatizar que o ósculo entre os cristãos não poderia ser apenas um símbolo de afeição, mas também deveria ser santo.

Ao dizer que os cristãos deveriam se saudar com ósculo santo, Paulo estava ensinando que esse simples ato envolvia três partes, isto é, não apenas as duas pessoas que se cumprimentavam, mas também Deus, pois aquele sinal de afeto simbolizava o amor de Cristo mutuamente compartilhado entre tais pessoas.

Assim, não bastava apenas ser um beijo, porque como vimos, um beijo poderia ser usado inclusive como símbolo de uma traição, mas precisava ser uma demonstração genuína do amor fraternal entre pessoas que estavam unidas em Cristo.

Também vale dizer que o ósculo santo não tinha nenhuma conatação sensual, nem mesmo causava algum tipo de escândalo ou constrangimento entre os cristãos, pois se fosse assim, essa prática não teria sido chamava de santa nas epístolas.

O apóstolo Pedro em sua primeira epístola se refere a essa prática como “ósculo de amor” (1Pe 5:14). A palavra amor nessa expressão traduz o grego agape, o que implica um amor muito mais elevado do que o afeto comum entre amigos e familiares. Assim, além de philema, que nesse contexto significa especialmente o cumprimento como sinal de afeição fraterna entre os cristãos, o apóstolo adicionou também o agape.

Entendendo o correto significado de ágape, fica claro então que o apóstolo aconselha que os verdadeiros seguidores de Cristo não se omitam em expressar seu amor até mesmo por aqueles a quem, porventura, não possuem nenhum afeto. Isso pode parecer contraditório, mas não é, pois o Espírito Santo é quem capacita os redimidos a demonstrarem um amor tão abnegado.

Atos 20:37 é uma passagem que demonstra o uso prático do ósculo santo, quando os presbíteros de Éfeso abraçaram e beijaram Paulo em sua despedida.

Devemos usar o ósculo santo na atualidade?

Justino Mártir, na metade do século 2 d.C., foi o primeiro entre os Pais da Igreja a fazer menção da prática dos cristãos em saudar uns aos outros com um ósculo.

Segundo seu relato, essa prática era uma parte costumeira do culto cristão, pois, segundo ele, as pessoas se saudavam umas as outras com o ósculo na conclusão das orações. Há indícios também de que esse cumprimento era utilizado, especialmente, antes da celebração da Ceia do Senhor.

Diante de tudo isso, levanta-se a dúvida se devemos ou não usar o ósculo santo uns para com os outros na atualidade. A resposta para essa duvida é bastante simples, bastando apenas entendermos que o que está sendo enfatizado na expressão “ósculo santo” não é o “ósculo” em si, mas o adjetivo “santo”.

Em outras palavras, os apóstolos estavam exortando sobre a prática do amor fraternal entre os cristãos, um amor muito diferente daquele experimentado nos relacionamentos mundanos.

Assim, eles estavam dizendo que a saudação entre os redimidos deve ser condizente com o amor que estes compartilham em Cristo, expressando então uma comunhão pura e genuína que reflete o amor, a paz e a harmonia que existe entre os membros do corpo de Cristo.

Como a saudação ou despedida com beijos era um costume típico daquela época e região, obviamente foi essa prática que os apóstolos se referiram. Em nossa cultura, as saudações típicas geralmente incluem um aperto de mão ou abraço, e servem para demonstrar respeito e afeto.

Logo, a prática do ósculo santo não deve ser entendida como uma ordem apostólica que deve ser observada como parte do culto cristão. O que deve ser obedecido é a exortação para que aqueles que pertencem a Igreja de Cristo naturalmente demonstrem pureza, amor e legitimidade em seus relacionamentos interpessoais.

Portanto, a utilização do ósculo santo, abraço, aperto de mão ou qualquer outra forma legitima de cumprimento e saudação, deve depender do costume de cada região ou mesmo da comunidade cristã local.

Se por ventura uma comunidade cristã adotar o costume de se cumprimentar com ósculo, que isso então não seja entendido como um tipo de sinal de superioridade e santificação.

Resumindo, o ósculo santo significava que os cristãos aceitavam uns aos outros como irmãos e irmãs, formando a família de Deus, e é isso que deve continuar sendo praticado em nossos dias. Se o cumprimento for com um beijo, abraço ou aperto de mão, que este seja sincero.

sábado, 11 de março de 2017

JESUS MORREU POR TODOS? O SACRIFÍCIO DE CRISTO FOI SÓ PARA MUITOS OU TODOS ? UM EXAME DA DOUTRINA DE EXPIAÇÃO PARCIAL

Não devemos deixar nossa teologia interpretar a Bíblia para nós, porque a própria Bíblia deve determinar a nossa teologia! A questão é simples: Cristo fez alguma provisão para aqueles que não são eleitos?

Para simplificar o assunto, os que crêem na doutrina de expiação parcial são chamados calvinistas e os que crêem que Jesus morreu por todos são chamados arminianos. Porém nos dois grupos há varias diferenças de interpretação deste assunto. Nestes dois grupos há muitas divergências sobre varias outras doutrinas. Alguns calvinistas têm desenvolvido um certo padrão doutrinário que consiste em cinco doutrinas associadas chamadas por eles mesmos de “doutrinas da graça”. Este “arranjo” doutrinário não era conhecido antes da reforma protestante; não fazia parte das antigas confissões de fé. No meio de alguns calvinistas, o irmão que não crê em todos os cinco pontos, ou define um dos pontos diferentemente, é taxado de arminiano injustamente. Ele é acusado de não crer na salvação pela graça! Também o irmão que crê nos cinco pontos é acusado de fatalista ou é chamado de “casca-grossa” no meio dos outros e isto é também injusto.

Os batistas históricos não precisam ser chamados nem de calvinistas e nem de arminianos. Não querem ser chamados de calvinistas pela associação com o nome do fundador da Igreja Presbiteriana, João Calvino, um perseguidor dos anabatistas da sua época. Também não querem ser chamados de arminianos porque não crêem nas doutrinas de Jacobus Arminius, um teólogo holandês que lutou contra as idéias calvinistas. Ambos estes líderes Protestantes eram defensores da união do Estado com as igrejas! Eram inimigos dos Batistas da sua época! É errado exigir um irmão escolher entre Calvino e Arminius e suas respectivas posições doutrinárias porque os dois eram inimigos das igrejas verdadeiras da sua época.

Neste estudo, vamos considerar somente um dos cinco pontos dos calvinistas: a doutrina de expiação parcial. Alguns batistas fiéis aceitam este ensino mas outros não. Vamos examinar, primeiramente, algumas passagens bíblicas usadas pelos calvinistas para defender essa tese.

PASSAGENS QUE FALAM DE EXPIAÇÃO PARCIAL

Mt. 1:21: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Neste caso, “seu povo” significa os eleitos, os verdadeiros crentes em Jesus.

Mt. 20:28: “Bem como o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”. A conclusão do calvinista é que Jesus deu a sua vida somente para muitos, isto é, somente para os eleitos.

Mt. 26:28: “Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados". Dizem que Jesus derramou seu sangue somente para muitos, não todos.

João 10:15: Jesus disse: “...dou a minha vida pelas ovelhas.” Dizem que Jesus só morreu para as ovelhas, quer dizer, só para os eleitos.

Atos 20:28: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” Este versículo requer mais estudo depois, mas será que Jesus morreu só para a sua igreja?

Efésios 5:25: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”.

Hebreus 9:28: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. Os calvinistas dizem que Cristo somente tira os pecados dos eleitos.

João 15:13: ”Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”. Seus amigos aqui são os eleitos, portanto Cristo deu sua vida somente por eles.

Estes versículos parecem defender a idéia calvinista de que Cristo só morreu por uma classe de gente identificada por várias palavras, tais como a igreja, rebanho, ou seus amigos, etc. Será que é assim? Quem defende a expiação limitada aos eleitos usa vários argumentos, portanto é bom examiná-los cuidadosamente.

OS ARGUMENTOS EM FAVOR DO SACRIFICIO LIMITADO

A Bíblia disse que Cristo morreu por um grupo específico. Eles são chamados de: suas ovelhas em João 10:11-15; sua igreja em Atos. 20:28 e Efésios 5:25-27; seu povo em Mateus 1:21; e seus eleitos em Romanos 8:32-35.

Já que os eleitos foram escolhidos desde antes da fundação do mundo, Efésios 1, Cristo não podia ter morrido por todos os seres-humanos. Seria uma perda e falta de previsão da parte de Deus deixar Jesus morrer pelos que não foram escolhidos.

Alguns dizem que Cristo seria um fracasso ou um derrotado se morresse por todos, sem que todos sejam salvos.

Alguns dizem que Deus não seria justo se deixasse uma pessoa ir para o inferno se Cristo realmente pagasse seus pecados. O condenado não devia pagar o que já foi pago. O tribunal não deixa um réu sofrer duas vezes pelo mesmo crime. Por que o pecador pagaria seus próprios pecados se a expiação fosse feita para ele?

Cristo não orou por todos em João 17, mas somente pelos seus escolhidos. Isto é porque ele não morreu por todos. Já que a intercessão é limitada, também foi limitada a expiação.

Alguns crêem que a expiação sem limites tende a nos levar à doutrina do universalismo, isto é, que todos serão salvos.

A doutrina da expiação limitada foi ensinada antigamente por Agostinho e depois na Idade Média por alguns eruditos, tais como Prosper de Aquitaine, Tomé Bradwardine, e João Staupitz. Alguns dizem que João Calvino não ensinou explicitamente esta doutrina, mas parece que de qualquer modo ele concordou com a idéia em alguns dos seus escritos. E seus sucessores colocaram esta doutrina na Confissão dos reformadores e depois na Confissão de Fé chamada “Westminster”.

Mesmo que a Bíblia use termos como “todos” e “mundo” a respeito da salvação daqueles por quem Jesus morreu, como, por exemplo, João 3:16, as palavras se referem aos eleitos somente. “Todos” quer dizer todas as classes, sem distinção entre judeu e gentio. “Mundo” significa os eleitos no mundo. “Todo aquele” é interpretado “Todo aquele eleito.” Assim os calvinistas crêem que Jesus morreu somente pelos eleitos.

Eles são obrigados a “explicar”, de uma forma complicada, o uso de palavras simples da Bíblia para sustentar sua tese. Isto é contra o bom senso e o uso normal da língua. Em vez de aceitar o sentido natural da palavra, o que é evidente, aceitam uma explicação mais complicada e menos provável. Por esta razão muitos deles usam a lógica e argumentos complicados para evitar o que é simples!

NOTEMOS OS ERROS DESTES ARGUMENTOS

Vamos examinar algumas das passagens que sustentam a doutrina de expiação sem limites: Esta posição é Bíblica e há muitas passagens que sustentam esta interpretação sem usar explicações complexas.

Lucas 19:10 “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Vamos perguntar, “Quem é perdido? É a humanidade inteira, em sua totalidade, ou só os eleitos?” Todos os homens estão perdidos. A mais natural interpretação é que Jesus veio buscar e salvar todos os perdidos. Não diz que todos serão salvos. Se Jesus veio só para os eleitos, então os outros no mundo não são perdidos! Logo se os não escolhidos não são perdidos, então não há necessidade da sua salvação. Neste caso os eleitos seriam os únicos perdidos, e os outros que não vão aceitar a palavra não seriam perdidos! Que doutrina estranha!

João 1:29 “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” O que quer dizer “mundo” neste versículo? Será que é o “mundo dos eleitos”? Não. É a raça humana no seu estado caído e separado de Deus. Até João Calvino pregava que nesta passagem o mundo é a raça inteira, e não somente os eleitos! A expiação é suficiente para tirar o pecado de todos os perdidos no mundo. Jesus é o Cordeiro ou sacrifício para o mundo inteiro. Não há necessidade ou justificação colocar as palavras “dos eleitos” neste versículo. Jesus é o Cordeiro de todos os pecadores.

João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. É importante observar que este versículo não pode ser separado do contexto nos vs. 14 e 15. Jesus cita o caso em Números 21, onde Moisés levantou uma serpente feita de bronze no campo de Israel para que todo aquele que olhasse para ela seria curado fisicamente de sua picada. Jesus faz uma comparação espiritual entre este incidente e a salvação do pecador. Qualquer pessoa picada pela serpente podia olhar para a serpente de bronze e ser curada. Qualquer pecador que olhar para Jesus será salvo eternamente. Seu sacrifício foi suficiente para todos picados pela serpente, isto é, todos os pecadores. Se um pecador não se salva, a culpa é dele e não por falta do remédio. Não havia limite. Quem olhasse seria curado, pois a morte de Jesus é suficiente para todos, mas eficiente somente para aquele que olhar para Ele.

João 4:42 “E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo”. Será que a mulher e os Samaritanos pensavam que Jesus é “O Salvador do mundo dos escolhidos”?

I Tm. 4:10 “Pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis.” Isto é uma clara distinção entre todos os homens e os que crêem. O Salvador fez algo para todos os homens, mesmo que não sejam os eleitos. Há provisão para todos os humanos, mas esta provisão é somente eficiente para os crentes.

Hebreus 2:9 “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”. A palavra “todos” em grego (pantos) é mais bem traduzida “cada” e não “todos”, que seria outra palavra (panton). Por que Deus usou pantos (cada um) e não panton (todos)? Porque o singular enfatiza mais a mortede Jesus por cada indivíduo. Cristo morreu por cada indivíduo.

Rm. 5:6 “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.” Não disse aqui que Cristo morreu pelos eleitos no meio de outros ímpios, ou por alguns ímpios. Se alguém é ímpio, então Cristo morreu por ele. Se não morreu por todos, então os não eleitos não podem serconsiderados ímpios. Se fosse assim, somenteos eleitos seriam ímpios!

Rm. 5:18 “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” Se a ofensa veio sobre todos, então a graça veio sobretodostambém. Nósnão temos direito de mudar o sentido da palavra para acomodar um ponto do calvinismo. Se Cristo não morreu por todos os homens, então nem todos os homens são condenados. Se a graça não veio sobre todos os homens, então havia homens que nunca foram condenados. Masjustamente é isto que alguns calvinistascrêem, isto é, que na realidadeo escolhido NUNCAFOI PERDIDO! Isto cria mais um problema para alguns calvinistas. Se o eleito nunca foi perdido, por que Jesus viria para buscá-lo e salvá-lo! (Lucas 19:10). A verdade é que Cristo sofreu por todos os homens, mas nem todos recebem a salvação que ele efetuou. A graça veio sobre todos porque todos são condenados, mas somente os que crêem em Jesus são justificados.

II Co. 5:14-15 “Porqueo amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que,seum morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” Se todos os homens estão mortos nos seus pecados e ofensas, então Jesus morreu por todos os homens. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,” Ro. 3:23. Todos os homens eleitos ou todos os homens? Podemos ler, “Todos os eleitos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”? Se todos os homens não fossem mortos, Jesus não teria morrido “por todos” mas sim, só para os eleitos. Neste caso os eleitos seriam os únicos mortos espirituais! Se somente os eleitos são mortos espirituais, então osnão eleitos não são perdidos! Queabsurdo! Mas versículos14 e 15 dizem que Jesus “morreu por todos”. A fraseque segue,“os que vivem não vivam mais para si” mostra que alguns são vivificados, ou tem vida eterna, eoutros não. São os crentes que não devem viver mais para si, mas para Cristo que morreu por eles. Isto não nega, porém, que morreu também para os demais.

1 João 2:2 “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”. Quem está incluído nas palavras, “nossos pecados?” Suponhamos que sejam os eleitos. Muito bem. Então, quem é indicado na seguinte frase, “mas também pelos de todo o mundo?” A verdade é que o sacrifício de Jesus para nossos pecados foi não somente para nós que cremos, mas paratodosos pecadores. Sua morte é suficiente para salvar qualquer um ou todos. Quando lemos esta passagem de João com naturalidade, sem impor nela nossa interpretação própria ou nossa presunção, entendemos que a propiciação (sacrifício satisfatório) foi feita para todos os homens enão somentepara osescolhidos. Simplesmente não dá sentido dizer que Jesus morreu pelos pecados dos eleitos, e não somente por eles, mas também pelos pecados do mundo dos eleitos! A verdadeé que a propiciação ou expiação foi feita paratodosos homens. Somente quem crêserá salvo.

Isaias 53:6 “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” Este versículo não fazsentido se a palavra “todos” que descreve os desgarrados não for o mesmo “todos” para os quais o Senhor morreu. O Senhor Deus fez cair sobre Jesus Cristo, “o cordeiro que tira o pecado do mundo”, a iniqüidade de todos que andavam desgarrados como ovelhas. Se todos erraram, então Cristo morreu por eles. Se não morreu para osnão eleitos, então estesnão estavam desviados do caminho.

II Pe.2:1. Pedro disse que Cristo pagou o preço deredenção até para os falsos ensinadoresqueo negam! “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsosdoutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou,trazendo sobre si mesmos repentina perdição”. Pedro mostra claramente que o povo para o qual Jesus morreu realmente é perdido. Os perdidos incluem falsos profetas, falsos doutores e hereges. São perdidos e serão julgados porque negam “o Senhor que os resgatou”. A palavra “resgatou” é a tradução do grego “agorazo” e é a mesma palavra usada em Mateus 13:44 e 46, onde o homem comprou uma propriedade inteira para receber um grande tesouro! Jesusmorreu e comprou de volta tudo que foi perdido no jardim do Éden para salvar os que crêem nele. Há distinção entre os pelos quais Jesus morreu (todos) e os que serão salvos(os crentes). Portanto Jesus morreu pelos não eleitos,até mesmo para os falsos doutores. Cada um leva a sua própria culpa.

João 3:17 “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”. João Calvino disse que Deus não quer que os ímpios sejam excessivamente taxadoscom uma destruição eterna porque Eleapontou seu Filho para ser o Salvador do mundo. A palavra “mundo” foi repetida para que nenhum homem sinta excluído se tão somente cresse em Cristo. Deus claramente fez provisão para todos os seres-humanos. Também há muitas passagens que ensinam que o evangelho deveser pregado a todas as criaturas, universalmente. Como pode ser verdade se somente alguns têm apossibilidade de serem salvos?

Considere o seguinte: Mt. 24:14 disse que o evangelho do reino será pregado ao mundo inteiro como testemunho e depois virá o fim. Em Mt. 28:19-20 Jesus manda a igreja fazer discípulos em todas as nações, batizar os crentes e ensinar a palavra. Ele mandou a igreja pregar o evangelho a toda criatura, Marcos 16:15. Em At. 1:8 Jesus disse “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo,quehá devir sobre vós; eser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria atéaos confins da terra”.

Considerando tais passagens, é legítimo perguntar o seguinte: se Cristo morreu somente pelos eleitos, como pode ser feita uma oferta de salvação para todas as pessoas sem alguma insinceridade, artificialidade ou desonestidade neste processo? Se Cristo não morreu por todos, não seria um pouco impróprio oferecer a salvação a todos? Alguns irmãos, vendo este problema, chegam à conclusão falsa de que não há oferta de salvação a todos! Dizem que não devemos oferecer Cristo a ninguém ou fazer um apelo aos descrentes! Muitos dos nossos irmãos que pensam assim não pedem a ninguém aceitar o evangelho por causa dos excessos emocionais dos outros que pregam uma “salvação fácil e barata”. Alguns dos mais radicais crêem que uma pessoa pode ser salva sem ouvir o evangelho! São coerentes, mas errados. O evangelho é o poder de Deus para a salvação para quem crê no Senhor Jesus, não para quem sabe defender cinco pontos teológicos inventados por um protestante!

A verdade é que quem crê que Jesus morreu só para os eleitos não pode dizer a qualquer pecador, com verdadeira convicção e certeza, “Cristo morreu por você”.

Como podemos colocar todos os versículos sobre este assunto juntos numa maneira harmoniosa sem contradição? Alguns versículos parecem ser irreconciliáveis com outros. Alguns dizem claramente que Cristo morreu por alguns, mas outros mostram que morreu por todos! É lógico que se Jesus morreu por todos, morreu também por “alguns”. Para a doutrina da reconciliação parcial ser comprovada, tem que provar que Jesus morreu SOMENTE por alguns. É verdade que Jesus morreu pelas ovelhas, isto é, por muitos (Mt. 26:28). Também morreu por sua igreja, mas isto NÃO nega o fato que morreu por todos os outros crentes também. Não há problema em dizer que Ele morreu por um grupo especificamente, mas cremos que há um problema em negar as claras passagens que dizem que morreu por todos.

TODOS OS CRENTES FAZEM PARTE DA IGREJA?

At. 20:28 “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue”. Paulo disse que Deus resgatou sua igreja com seu próprio sangue. Se usarmos a mesma lógica dos calvinistas, chegamos à conclusão que Deus só resgatou a igreja e não a todos os crentes! Por esta razão muitos calvinistas acreditam que a igreja se compõe de todos os crentes. Crêem que a igreja não é só do Novo Testamento. Convenientemente acham que o crente não precisa ser batizado para fazer parte da igreja! A igreja é feita de crentes batizados biblicamente e unidos no propósito de obedecer a grande comissão de Cristo. Os crentes do Velho Testamento não fazem parte da igreja neo-testamentária. Os crentes que não andam de acordo com a palavra e que são excluídos da comunhão da sua igreja local também não fazem parte. Os crentes que não são batizados não fazem parte. Jesus morreu por sua igreja, mas não só por ela! Ela é um grupo distinto dos outros na família de Deus. Jesus resgatou com seu sangue todos da sua igreja, mas também todos os outros crentes verdadeiros. Da mesma maneira, posso dizer que a menção de UM grupo pelo qual Jesus morreu não indica que não morresse pelos outros também! O sofrimento e sacrifício de Jesus não pode ser limitado só para os que vão aceitá-lo. Não há limite no seu imenso amor!

Ef. 5:25-27 “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. Cristo amou a igreja! O amor de Cristo é limitado à igreja conforme a lógica calvinista.

Sem dúvida nenhuma, Jesus amou a igreja, e a resgatou com seu próprio sangue, e a si mesmo se entregou por ela. Ele vai purificar a igreja e vai apresentá-la a si mesmo totalmente glorificada e sem defeito. Devemos examinar este assunto mais um pouco. Jesus morreu somente pela igreja? Ou será que morreu por outros salvos que não fazem parte dela? Jesus morreu pelos crentes do Velho Testamento? Eles fazem parte da igreja? Os crentes não batizados estão na igreja? Ser salvo e ser membro da igreja é a mesma coisa? A pessoa excluída da igreja perde a sua salvação? Estas passagens dizem que Jesus resgatou a igreja com seu próprio sangue e se entregou por ela. Este resgate foi parcial, ou inclui todos os eleitos? Ou será que este resgate se refere a uma certa classe de pessoas incluídas no resgate de Cristo? Se usarmos a lógica calvinista da primeira parte deste trabalho, isto é, que Jesus morreu só pelo seu povo, só pelos seus amigos, só por muitos, então temos que concluir que só morreu pela igreja também! Isto quer dizer que todos estes termos são sinônimos. Todo o eleito faz parte do “seu povo”, dos “seus amigos”, dos “muitos”, e “a igreja” também!

Se este for o caso, todos os eleitos, mais cedo ou mais tarde, serão batizados de acordo com a Bíblia, e vão fazer parte da igreja que Jesus fundou e deixou no mundo. Por esta razão muitos calvinistas deixam sua posição sobre a igreja local e acabam aceitando a idéia da igreja invisível, feita de todos os crentes. Eles aceitam a teoria de duas igrejas. Será que todos os crentes fazem parte da igreja Neo-Testamentária? Se Cristo morreu pela igreja, temos que crer que todos os eleitos fazem parte dela? Por que não podemos crer que Ele morreu pela igreja mas também por todos os salvos fora dela? Por que não podemos crer que Ele morreu por todos os salvos (eleitos) mas pelos outros perdidos também?

DEUS AMA TODOS OS HOMENS?

Incrível que pareça, há alguns que pregam abertamente que Deus não ama sua própria criação. Jesus disse em João 3:16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” mas muitos calvinistas dizem que este amor é limitado somente aos eleitos. Eu ouvi pessoalmente um pastor dizer numa conferência dos “Batistas da Graça Soberana” que “Deus não ama todos os homens mas odeia alguns.” Pregou que Deus, “não odeia só o pecado mas odeia o pecador também,” e muitos dos ouvintes disseram, “Amém!” Muitos crêem assim mas não falam das suas convicções por falta de coragem. Aceitam uma teologia em que um dos pontos principais é a expiação limitada. Eles argumentam pela lógica assim: "Como pode Deus amar os ímpios que estão debaixo da sua ira?” Vamos examinar este assunto agora.

Sem dúvida nenhuma Deus é soberano. É o Senhor dos Exércitos. Ele faz o que quer e ninguém tem direito de se opor. Ele é onisciente, onipresente, sempiterno e onipotente, mas o maior atributo ou característico de Deus é o seu amor. Em I João 4:8 lemos, “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”.

Quando o pecador é salvo, ele nasce do Espírito Santo de Deus. Ele nasce de novo. É regenerado e se torna “participante da natureza divina”, 2 Pe 1:4. O crente verdadeiro mostra o amor de Deus aos outros. Jesus disse que o crente é reconhecido pelo amor que mostra aos outros. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”, João 13:35.

Há vários tipos de amor, dependendo do relacionamento. Deus tem um amor especial para os seus filhos. Eu amo minha família mais do que os outros, mas amo os outros também. Amo meus amigos mais do que meus inimigos, mas amo estes também. Há muitas passagens na Bíblia que ensinam que devemos amar uns aos outros. O amor é a prova de um crente verdadeiro. Paulo disse em Ef. 2:4: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou...”. Ro 13:8: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei”. Ga 5:13: “Mas servi-vos uns aos outros pelo amor”. 2Co 13:11: “E o Deus de amor e de paz será convosco”. Deus ama seu povo. João é chamado o Apóstolo do amor e escreveu estas passagens: 1Jo 4:7, “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”. 1 Jo 4:9, “Nisso se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos”. 1 Jo 4:16, “E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele”. 1 Jo 4:20, “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”

Estas passagens mostram o amor de Deus pelos seus filhos, mas será que Deus não ama mais ninguém? Será que Ele somente ama os que são seus filhos? Vamos lembrar o fato que o crente tem a natureza divina porque é uma nova criatura e o amor de Deus está derramado no seu coração.

Se o Pai celestial é amor, seus filhos devem estar cheios de amor também. Afinal, eles receberam sua natureza divina e o maior elemento desta natureza é o amor. Em 2 Pe 1:7, somos admoestados a acrescentar à fé várias virtudes que incluem não só a “caridade” [agape em Grego], mas também o amor fraternal. O crente tem amor especial pelo outro irmão em Cristo!

Mas será que Jesus ensinou a seus discípulos que Deus só ama os eleitos? Devemos amar somente aqueles que nos amam? Os crentes devem amar só os eleitos? Jesus disse em Mateus 5:43-46: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” Ora, se eu devo amar os meus inimigos e perseguidores, é porque sou filho de Deus agora e devo demonstrar esta característica da natureza divina . Amamos os inimigos porque somos filhos de Deus! Deus ama os seus inimigos também, até aqueles que Ele sabe que nunca vão aceitá-lo. Deus ama os não eleitos porque Deus é amor.

Paulo disse que Cristo, “estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”, Ro 5:6-8. Não devemos crer que Deus só ama os que O amam! A propiciação foi feita pelos pecados dos filhos de Deus, mas também para todos os homens.

1 João 2:2: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”

domingo, 5 de março de 2017

Um novo modismo evangélico

Eu estava no culto em que um pastor alardeou que obturações de ouro seriam dadas por Deus. Em instantes, as pessoas passaram a examinar umas às outras e pasmas, choravam afirmando que muitos dentes estavam divinamente restaurados. Presenciei um evangelista norte americano soprando – pretensamente como Jesus fez em seu ministério – e pessoas sendo jogadas no chão. Assustei-me com a trivialidade com que alguns pastores relataram seus encontros com anjos. Estupefato ouvi um novo modo de orar entre os evangélicos; as preces, agora vinham entrecortadas com ordens, exorcizando demônios. Inquietei-me com uma geração de evangélicos amedrontados com maldições e pragas. Imperativos que “amarravam” demônios me deixaram desassossegado.
A igreja evangélica brasileira é muito frágil teologicamente. Por isso sofre com os mais diversos modismos. Lembro-me que, em um congresso para líderes, fui desafiado a falar sobre qual seria a próxima moda que varreria a igreja nacional. Recordo-me que precedi minha palestra afirmando que primeiramente, seria necessário entender que as forças do mercado agem com muita força na elaboração teológica. Qualquer movimento vindo do exterior e que tenha sido bem sucedido lá, será copiado. As lideranças evangélicas querem achar o método que alavancará suas comunidades. Se uma determinado estratégia mostra-se eficaz no exterior, aqui dificilmente se questionará a teologia que a alicerça. Segundo, o brasileiro é culturalmente místico. Tendemos aceitar acriticamente propostas teológicas que promovam experiências sobrenaturais. O brasileiro fascina-se pelo mistério e pela magia. Afirmei naquela palestra também, que, como o mundo pós-moderno, a igreja busca estratégias de resultado imediato.
Acredito que os modismo não podem ser detectados com antecedência. Mas qualquer que seja a próxima onda, a igreja precisa estabelecer alguns princípios. Eles ajudarão que se embarque em novidades sem discernimento crítico.

A teologia da Cruz.

Paulo escreveu a sua epístola aos Gálatas, preocupado que houvesse acréscimos à cruz. Os fariseus convertidos queriam que, além da doutrina da redenção, se acrescentassem alguns preceitos essenciais ao judaísmo, como a circuncisão. Sua carta procurava enaltecer a total suficiência do sacrifício de Cristo. Ele acreditava que qualquer acréscimo à expiação de Cristo não apenas enfraquecia as bases do Cristianismo, como anulava-as. ”Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo está desfeito o escândalo da cruz”– Gálatas 5.11.
Não seriam os movimentos de “Cura Interior” que se alastram nas igrejas evangélicas um enfraquecimento da doutrina do novo nascimento? Recebi de um leitor do Ultimato um formulário com quatorze páginas de um seminário de cura interior ministrado em várias igrejas pelo Brasil. O seminário é para cristãos que ainda carregam seqüelas do passado de pecado. A pessoa passa por uma longa sabatina, revolvendo toda a sua vida e procurando encontrar aberturas espirituais no passado que tragam maldições no presente. Buscam ser exaustivos e chegam às raias da paranóia. Indagam se a pessoa comeu cocada no dia em que se celebra Cosme e Damião, se os seus pais ou avós freqüentaram reuniões de cultos afro brasileiros. Querem saber se a pessoa sonha freqüentemente com “negros” em um flagrante preconceito que fere, inclusive a Constituição. Há encontros em que se praticam regressões até a vida intra uterina. Pede-se à pessoa que visualize o esperma do pai encontrando-se com o óvulo da mãe e que detecte sinais de maldição que tenha desdobramentos em sua vida presente. Mesmo aceitando que haja escolas da psicologia que advoguem a regressão como técnica terapêutica. Ela é inaceitável como prática espiritual. Não há como negar que uma pessoa convertida ainda pode carregar seqüelas emocionais, traumas psicológicos e até desequilíbrios psíquicos. Entretanto, é inadmissível que um cristão nascido de novo ainda necessite “quebrar” maldições de sua vida passada. A Bíblia contém inúmeros textos afirmando o contrário: “Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas…Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e de teus pecados não me lembro”- Isaías 43.18,25. “Pois perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei”- Jeremias 31.34. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”- João 8.36. “E assim, se alguém está Cristo, é nova criatura, as cousas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo”- 2 Coríntios 5.17. Mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”- Filipenses 3.13-14. Sessões de cura interior são inócuas para preservar qualquer pessoa espiritualmente, danosas na gestação de autênticos discípulos e um horror como cura psicológica. Alguém que se submeteu a uma sessão de “Cura Interior” corre o risco de entrar em uma paranóia espiritual e descobrir que continua sofrendo com seus traumas psicológicos, e pode facilmente se desesperar pois foi-lhe prometido que Deus a curaria instantaneamente.

O Evangelho Antropocêntrico.

Desde a Modernidade e com o apogeu do Iluminismo, homens e mulheres subiram em um pedestal. O mundo ocidental acredita que merecemos ser felizes e que tudo deve gravitar em torno de nos tornar plenos. Inclusive Deus. Devido a essa visão, aprendemos um conceito religioso egoísta. Entendemos como evangelho o anúncio de um Deus que nos faça bem. Que esteja ao nosso dispor. Assim, nossas preces se resumem a pedir. Queremos que nosso louvor seja agradável a nós mesmos. Compreendemos conversão como uma descoberta que nos fez mais felizes. Hoje, muitos evangélicos aprenderam a “reivindicar” direitos e “decretar” bênçãos. Recentemente vi um adesivo colado no vidro do carro de um crente que pedia: “Dê uma chance para Deus.” Quem será que necessita de uma chance? Deus ou homens e mulheres que se rebelaram contra Deus que é amoroso e bom? Estarrecido, soube que há encontros evangélicos onde as pessoas aprendem a “liberar” perdão para Deus. É o cúmulo! Inverteram-se os papéis. Deus agora precisa ser perdoado? Urge voltar ao anúncio do Reino em que ele é Senhor Soberano e amorosamente estende sua graça para todos.

Atalhos.

Tanto as forças do mercado como a tecnologia pós moderna condicionam esta geração ao imediatismo. Acredita-se que tudo pode ser resolvido no estalar de dedos. As propagandas na televisão conseguem solucionar os problemas de limpeza de uma casa, garantem seguro médico, prometem férias felizes, dão-nos prestígio. Tudo em 30 segundos. Buscamos também resolver nossos dilemas espirituais em rápidos momentos de um culto. Infantilmente acreditamos que bastam alguns momentos de êxtase espiritual para subirmos os penosos degraus da maturidade cristã. Paulo admitiu que necessitava mais do que surtos de adrenalina espiritual: “mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”- I Coríntios 9.27. Não há atalhos na escola de Deus. Nada substitui o discipulado. Nenhum método suplantaria a igreja como comunidade terapêutica. Experiências com Deus se acumulam com amargas derrotas e felizes triunfos. Dia a dia aprende-se a fidelidade de Deus. Devemos olhar com cautela ministérios que prometem que em um simples final de semana os imaturos serão transformados em líderes capazes. É potencialmente desastroso montar uma estrutura eclesiástica em técnicas tão velozes.
Os modismos são sinais dos tempos. Para não sermos levados por todo vento de doutrina, portemo-nos como os bereanos, conferindo com as escrituras todas as novidades que surgem no cenário religioso. Acreditemos que passarão os céus e a terra, mas a sua Palavra permanecerá.

Soli Deo Gloria!


sábado, 4 de março de 2017

AS FRASES DE JESUS NA CRUZ

As frases de Jesus na cruz transmitem ensinos fundamentais à nossa fé cristã. São 7 frases ditas por Jesus na cruz e muita gente, ao ler os relatos sobre a crucificação, acaba passando por essas frases sem dar a devida atenção necessária.

Lá no calvário, já pregado no madeiro, nos momentos finais antes da morte de Jesus, cada detalhe apontava para o cumprimento das Escrituras, inclusive as últimas palavras ditas por Ele, as quais possuem significados importantíssimos para todos nós. Neste estudo bíblico, conheceremos quais são as 7 frases ditas por Jesus, e quais as implicações que elas fornecem.

Quais as 7 frases de Jesus na cruz?

Não sabemos com exatidão a ordem em que todas essas frases de Jesus na cruz foram pronunciadas. Também para termos acesso a todas elas precisamos combinar o relato sobre a crucificação presente nos quatro Evangelhos, já que não as encontramos concentradas em um único Evangelho.

Claro que isto não representa problema algum, ao contrário, confirma o conteúdo dos quatro Evangelhos como complementares uns aos outros, ou seja, juntos, eles nos fornecem todos os detalhes que necessitamos.

1- Uma oração de perdão

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34).

Essa frase de Jesus na cruz demonstra o seu amor e compaixão. O Senhor, em pleno sofrimento, orou ali por seus próprios algozes. Jesus orou por aqueles que não o reconheceram como o Messias, principalmente os judeus, que tinham recebido a promessa de sua vinda mas acabaram crucificando-o.

Essa oração na cruz já mostrou seu cumprimento imediato ali mesmo, quando pessoas que acompanhavam a crucificação reconheceram que verdadeiramente Ele era o Filho de Deus, como por exemplo, o centurião e os guardas que estavam com ele (Mt 27:54).

Na sequência do relato bíblico, poucos dias após a crucificação, podemos ver diante da pregação do apóstolo Pedro em Atos 2 muitos daqueles que crucificaram Jesus sendo convertidos ao Evangelho.

Essa oração expressa a maravilhosa e irresistível graça, que faz com que perseguidores do Evangelho, como o próprio apóstolo Paulo um dia também foi, caiam de joelhos perante a majestade do Cordeiro de Deus.

2- A declaração da eficácia de sua obra

“Em verdade te digo, hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43).

Jesus foi crucificado como malfeitor ao lado de dois ladrões. Um deles reconheceu que Jesus era o Messias, e de certa forma compreendeu ali na cruz a natureza espiritual do reino de Deus, ao pedir que Jesus se lembrasse dele quando entrasse em seu reino.

A resposta de Jesus é uma declaração clara e objetiva sobre da eficácia de sua obra na cruz, ao prometer ao ladrão que no mesmo dia ele seria recebido na presença de Deus. Aqui vale uma observação quanto ao sentido dessa frase.

Sabemos que algumas seitas, como as Testemunhas de Jeová, por exemplo, para evitarem implicações contrárias aos seus ensinos heréticos, fazem uma pontuação diferente na frase, ficando algo como: “Em verdade eu te digo hoje, estarás comigo no Paraíso“. Com isto, eles tentam negar o ensino de Jesus de que imediatamente após a morte o ladrão estaria no Paraíso.

A questão é que no grego não há qualquer pontuação na frase, além do mais, da forma com que a sentença se apresenta no original é gramaticalmente impossível fazer uma pontuação da forma com que tais seitas propõem, pois isto acrescentaria uma redundância inadmissível ao texto.

Não há necessidade de Jesus ter dito “ eis que te digo hoje” pois isto já era obvio, ou será que faz sentido alguém dizer “eis que te digo amanhã“? É claro que o “hoje” nesse sentido é completamente desnecessário.

Também não podemos nos esquecer de que Jesus está respondendo um pedido direto do ladrão, que basicamente foi: “Quero entrar no teu reino“. O próprio ladrão também expressa em sua frase sua expectativa sobre quando ele esperaria ter seu pedido atendido, ou seja, “quando Jesus entrasse no seu reino“.

Jesus poderia tê-lo respondido apenas com “estarás comigo no Paraíso“, porém, considerando a pergunta implícita no pedido no ladrão, Jesus acrescentou a palavra “hoje” para lhe falar sobre a realidade presente do reino de Deus e lhe afirmar que qualquer espera não seria necessária, pois logo após a morte ele seria recebido no Paraíso.

3- Uma declaração sobre sua preocupação humana

“Mulher eis aí o teu filho”, e ao discípulo: “Eis aí a tua mãe” (João 19:26,27).

A teologia católica afirma que nessa frase Jesus estava encarregando Maria de cuidar da Igreja, ou seja, exercer uma posição de matriarca da Igreja. Entretanto, a leitura do texto claramente demonstra que não há nada disso.

Essa frase mostra a preocupação de Jesus por sua mãe na hora de sua morte, refletindo também em uma demonstração de sua humanidade. Mesmo Maria sabendo que Jesus era o filho de Deus, e que aquele era sua missão, obviamente ela teve muita dificuldade em vê-lo crucificado.

É bem provável que Maria já fosse viúva naquele momento. Alguns estudiosos apontam para a possibilidade de que nenhum dos irmãos de Jesus segundo a carne teria acompanhado a crucificação. Assim, Jesus comissionou o seu discípulo a cuidar de Maria que, embora o texto não traga explicitamente o nome de João, a descrição presente no texto aponta para ele.

Também é possível que João tenha sido filho de Salomé, e Salomé, por sua vez, tenha sido irmã de Maria (Jo 19:25; cf. Mt 27:56; Mc 15:40). Logo, João, o discípulo amado de Jesus, poderia ter sido o sobrinho de Maria.

A própria sequência do texto nos mostra que não há um significado profundamente teológico nessa frase como alguns afirmam. Jesus simplesmente estava dizendo para Maria que João cuidaria dela. A prova disto, é que o próprio João entendeu desta forma ao levá-la para casa a partir daquele momento (Jo 19:27).

4- Uma declaração de que Ele havia se tornado maldito

“Eloí, Eloí, lamá sabactâni” (Mt 27:46).

Essa sem dúvida é uma das frases mais conhecidas de Jesus na cruz. Essa frase é tão importante para compreendermos a obra redentora de Cristo na cruz que os textos trazem ela tanto no original quanto sua tradução: “ Deus meu, Deus meu, por que me abandonastes?” (Mt 27:46; Mc 15:34).

Essa frase também é uma referência as Escrituras Sagradas, no caso o Salmo 22: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?” (Sl 22:1). Em mais um salmo messiânico, o salmista se refere ao sofrimento e vitória do Messias. As palavras de Jesus foram exatamente as mesmas primeiras palavras desse salmo.

Essa frase expressa todo o abandono que Jesus experimentou na cruz por causa de nossos pecados. Ao carregar sobre si as nossas iniquidades, Ele recebeu o castigo da ira e da justiça de Deus. Saiba mais sobre o significado de Eloí, Eloí, lamá sabactâni.

5- Uma declaração de sua humanidade

“Tenho sede” (João 19:28).

Além de ser uma declaração explicita de sua humanidade, ou seja, como qualquer homem Jesus também sentia sede, essa frase também mostra um cumprimento escatológico, apontando para a soberania como Senhor de toda a História, onde cada detalhe das Escrituras é cumprido de acordo com seus propósitos eternos.

Assim, em uma única frase percebemos a humanidade de Jesus e sua divindade. Naquele momento, numa prova explicita de que Jesus era 100% homem também fica provado que ele era 100% Deus.

No Salmo 69, um salmo messiânico, lemos: “Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre” (Sl 69:21). Já no Evangelho de Mateus encontramos o seguinte: “ Deram-lhe a beber vinagre misturado com fel; mas ele, provando-o, não quis beber” (Mt 27:34).

6- Uma declaração de que todos os méritos são dEle

“Está consumado” (Jo 19:30).

No grego o termo utilizado é tetelestai, um verbo que significa “completo”, “terminado”, “está cumprido”, “está feito”. Aqui há uma referência a toda sua vida terrena, onde se cumpriu toda a Escritura, consumando todo o plano da redenção.

Essa frase também declara explicitamente que não há mais nada a ser feito. Nós não podemos contribuir de nenhuma forma para a nossa salvação, pois a obra está completa, está consumada, tudo foi feito por Ele, e se fomos justificados e reconciliados com Deus, isto é exclusivamente pelos méritos dEle.

7- Uma declaração de que Deus aceitou o sacrifício

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23:46).

Nessa frase Jesus também faz referência ao cumprimento das Escrituras, citando o Salmo 31: “Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, Senhor Deus da verdade” (Sl 31:5).

Essa frase expressa que Deus havia recebido o sacrifício de Jesus, a expiação por nossos pecados, e após a sua morte Ele estaria no céu juntamente com o Pai.

Da mesma forma com que o Pai O recebeu após sua morte na cruz, por causa do sacrifício de seu Filho, Ele também recebe o espírito de todos aqueles que são seus. Certamente essa frase nos traz conforto e esperança, pois pela morte d’Ele, hoje temos um lar garantido ao lado do Senhor por toda a eternidade (Jo 14:2). O sacrifício de Jesus satisfez a justiça de Deus.

quarta-feira, 1 de março de 2017

HERESIAS DO FALSO PROFETA WILLIAM M. BRANHAM E O PERIGO DAS MENTIRAS DO TABERNÁCULO DA FÉ

Primeiramente, veremos o que cita a Bíblia Sagrada a respeito da visão de Deus: Em 1º João 4:12 está escrito: Ninguém jamais viu a Deus;... Em Êxodo 33:18 a 23 também diz que Moisés sendo considerado um dos maiores profetas da Bíblia no AT, pediu a Deus para que ele pudesse contemplar a face do mesmo e a resposta de Deus foi a seguinte: Não poderás ver a minha face, pois homem nenhum pode ver a minha face, e viver. Jesus após a sua ascensão aos céus apareceu no caminho de Damasco para o Apóstolo Paulo e o cercou com um resplendor de Luz do céu e o Apóstolo Paulo perguntou quem era devido a luz ser muito intensa e por esse motivo ficou cego e ali o Apóstolo Paulo tinha certeza de que era Jesus, pois o mesmo se identificou como sendo o próprio Jesus a quem tanto perseguia sem saber em sua ignorância e a sua vida foi completamente mudada para padecer pelo nome de Cristo e também o Apóstolo João que tanto andou com o mesmo Jesus, foi arrebatado em espírito, o viu em sua Glória e não conseguiu contemplar a face Dele e caiu aos pés de Cristo como morto tamanha era a grandeza da visão e foi confortado com a imposição da sua mão direita sobre o Apóstolo João e daí em diante Jesus falou: Não temas. Eu sou o primeiro e o último. Eu sou o que vivo; fui morto, mas estou vivo para todo o sempre. E tenho as chaves da morte e do inferno. Para não deixar ninguém confundido, também está escrito em 1º Timóteo 6:14 a 16: que guardes este mandamento imaculado e irrepreensível até a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual, no seu tempo próprio, há de ser revelada pelo bendito e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores, aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inascessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder eternamente.

A nossa regra de fé e conduta é a Bíblia Sagrada, a qual só é revelada através do Espírito Santo ( 1º Coríntios 2:10 a 13 ) e não por homens que tiveram visões de anjos, os quais se colocaram no lugar do Espírito Santo, e anunciando uma nova mensagem, isso é, um outro evangelho, que traduzido é BOAS NOVAS. Esses evangelhos anunciados por anjos a determinados homens, segundo a Bíblia, é maldito. Gálatas 1: 8 a 12. Tendo como base o que diz a Palavra de Deus, podemos identificar e separar, com o auxílio do Espírito Santo, a Verdade e a mentira, o falso e o verdadeiro. Se alguém não falar segundo a palavra de Deus, esse é o enganador de todos os que não buscam a Deus com um coração contrito e quebrantado. Salmo 51:17 ; Isaías 57:15; Isaías 66:2 ; Jeremias 29:11 a 13.

Infelizmente, cito aqui, uma experiência que tive em congregar e ultimamente visitar uma congregação que se designa evangélica, cujo nome é TABERNÁCULO DA FÉ, e tem por profeta William Marrion Branham, um americano que morreu em 1965 atropelado por um bêbado, que dizia ser ele mesmo o profeta Elias do Velho Testamento, baseado na passagem bíblica em Malaquias 4: 5 e 6. Isto que dizer que Branham esteve com Jesus e Moisés e os apóstolos Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração ? Mateus 17. 1 a 13. O Elias não literal citado por Jesus conforme o versículo 13 desse capítulo era João Batista, que veio sob o mesmo Espírito de Deus que operava em Elias. Conforme essa heresia de Branham de se auto proclamar o profeta Elias, aqui se entende que é encarnação, conforme o espiritismo de Allan Kardec entre tantas heresias mais, citou em seu relatos que viu Jesus Cristo em uma visão celestial e que a estatura dele era de um homem pequeno.( Pergunta: ele esteve com Jesus na transfiguração, porque ele não cita a aparência de Jesus daquela época ? ) Aquí vemos a contradição das passagens bíblicas as quais citei no começo dessa mensagem. Branham viu e a Bíblia diz que ninguém pode ver a face de Deus e de Jesus. Conforme todas as suas revelações e visões, os dirigentes dessas mesmas congregações, chegaram a tal ponto de colocarem a foto de Branham em seus púlpitos, assim como também a foto de Jesus de barba e cabelos longos, que foi inspirado por Deus, segundo Branham, a fazê-lo quem o fez, conforme a visão que Branham teve de Jesus. Uma imagem que foi usada por ele é semelhante tal qual a da igreja católica, e também uma foto do Espírito Santo em negativo, preto e branco, que Branham fotografou. Como ele conseguiu tal façanha impossível ? Achei muito estranho alguns desses fatos por terem sido respondidos por um membro branhamiano e eu não acreditei no que estava vivenciando, vendo e escutando tantas heresias. E, ainda me disse que depois de Jesus não houve maior profeta que William Marion Branham. Questionei se era maior que todos os profetas da Bíblia e a resposta foi sim. Fiquei assistindo a palavra final do dirigente, o qual ficou sabendo que eu era de uma denominação evangélica e protestante (nem sabia que eu era um ex-branhamiano) e aproveitou o momento para só falar e atacar, como de uma forma furiosa, contra todas as denominações evangélicas, já que ele foi ensinado pelo profeta Branham que todas as denominações evangélicas tem a marca da besta e portanto pertencem ao diabo, por causa da palavra trindade, a qual não tem na Bíblia, e os deixam confusos, dizendo que os evangélicos e a igreja católica adoram três deuses. Aquí está o erro deles. Os evangélicos não tem nenhuma participação e comunhão com os católicos e não adoramos três deuses, mas somente um só Senhor e não temos nenhuma imagem que indique ou seja de Jesus. Quando nos reunimos é pela fé de que Jesus está presente, conforme o mesmo disse: que onde estivessem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou. Não precisamos ter nas paredes fotos de profetas e mesmo a de Jesus, porque temos conhecimento do que está escrito em êxodo 20:4 ; Isaías 42:8. Trindade quer dizer três pessoas distintas numa só Deidade ( Pai, Filho e Espírito Santo ) e não três deuses (triteísmo), pois a Bíblia afirma que há um só Deus e um só mediador, Jesus Cristo, entre Deus e os homens. 1º Timóteo 2:3 a 6. Quem prega o evangelho de Cristo é evangélico, e sendo assim, eles não são evangélicos. São um grupo religioso que tem um guia homem que teve revelações de um anjo guia que instruiu a ele todas as heresias destruidoras e maldita como consta em Gálatas 1 :8 a 22. Então é aconselhável que se publique um novo evangelho dado por um anjo e as visões e revelações inseridos nele, conforme fez Josef Smith quando recebeu através de um anjo, um novo evangelho e apregoam o Jesus dos Mórmons, denominada Igreja de Jesus Cristo dos santos dos últimos dias, em todos os países. Paralelamente, conforme o Tabernáculo da fé, eles também usam a Bíblia Sagrada para persuadir e enganar os leigos, incautos seres humanos religiosos que nunca leram e se leram não tinham o Espírito Santo ou ouviram falar dela sem terem nenhum contato com a mesma . Sem o conhecimento da Verdade, os tais são presas fáceis de abraçarem a mentira pensando que é a Verdade e serem seguidores e defensores deste maldito ramo religioso lhes parecendo como caminho verdadeiro, porém, os conduzindo para a morte . Só que, o verdadeiro Jesus é o que está inserido na Bíblia Sagrada, que muito nos alertou sobre falsos profetas que viriam ao mundo para enganar os homens com doutrinas falsas, principalmente na forma de anjos. Vi as imagens dentro dessa congregação: o falso Jesus do Tabernáculo, o seu Elias o seu profeta William Marrion Branham que na verdade é a foto do espírito santo deles. Crucifixos com uma figura de Jesus pendurado e ao fundo a foto de Branham em uma congregação do Tabernáculo da Fé. Qual é a diferença da igreja católica ? Idolatria pura que a palavra de Deus condena de Gênesis ao Apocalipse. Veremos aqui á seguir como Branham viu em uma visão do seu Jesus como citei acima:

COMO O ANJO VEIO A MIM E A SUA COMISSÃO 7

E uma noite eu vi nosso Senhor Jesus. Estou dizendo isto com permissão, creio, do Espírito Santo. O Anjo do Senhor que vem não é o Senhor Jesus. Não se parece com Ele na mesma visão. Pois na visão que eu vi do Senhor Jesus, Ele era um Homem pequeno. Ele não era. . . Eu estava no campo, orando por meu pai. E voltei, para dentro e fui para a cama, e aquela noite eu olhei para ele e eu -eu disse: “Ó Deus, salve-o.” 38 Minha mãe já tinha sido salva e eu a tinha batizado. Então pensei: “Oh. . .” Meu pai bebe tanto, e pensei: “Se eu somente pudesse fazer com que ele aceitasse o Senhor Jesus!” Saí, deitei-me numa velha caminha pobre lá no quarto da frente, perto da porta. 39 E Algo me disse: “Levante-se.” E levantei-me, fui andar, e voltei ao campo atrás de mim, um velho campo de artemísia. 40 E lá em pé, não mais de dez pés [Três metros-Tradutor] de mim, estava um Homem, vestido de branco, um Homem pequeno; tinha Seus braços cruzados deste jeito; uma barba, meio curta; cabelos até Seus ombros; e Ele estava olhando de lado, de onde eu estava, desse jeito: uma Figura de parecer sereno. Mas eu não podia entender, como Seus pés, um justamente atrás do outro, e o vento soprando, Seu manto movendo-se, artemísia balançando. 41 Pensei: “Agora, espere um minuto.” Mordi a mim mesmo. Eu disse: “Agora, não estou dormindo.” E abaixei-me, arranquei um pedacinho daquela artemísia, você sabe, fiz isso como um palito. Eu pus isso em minha boca. Olhei para trás na direção da casa. Eu disse: “Não, eu estava lá dentro orando por meu pai, e Algo disse para eu sair aqui fora, e aqui está este Homem.” 42 Pensei: “Esse Se parece com o Senhor Jesus.” Pensei: “Será que é?” Ele estava olhando exata, diretamente na direção de onde nossa casa está agora. Assim dei a volta deste lado para ver se eu podia vê-Lo. E eu podia ver o lado do Seu rosto, assim. Mas Ele. . . Eu tive que me virar completamente para este lado a fim de vê-Lo. E eu disse: “Rum!” Nem Se moveu. E pensei: “Acho que vou chamá-lo.” E eu disse: “Jesus?” E quando Ele fez, virou e olhou assim. Isso foi tudo o que eu me lembro, ele simplesmente estendeu Seus braços. 43 Não há um artista no mundo que pudesse pintar Seu retrato, o caráter do Seu rosto. O melhor que já vi é aquele Rosto de Cristo aos Trinta e Três por Hofmann. Eu o tenho em toda a literatura e em tudo o que eu uso. Isso é porque esse é bem parecido, e assim então. . .ou bem próximo, o mais próximo que pode (Estraido do livro A palavra original escrito por branham página 7: 37 a 43).

Que os membros dessa organização Tabernáculo da fé possam refletir e com o auxílio do Espírito Santo identificar e enxergar esses detalhes e fazer uma comparação bíblica e ver se tem respaldo da mesma e abraçem a Verdade e não uma organização religiosa com seu profeta que a fundou nestes moldes anti-bíblicos. Deixem de serem enganados, porque a Bíblia cita em 2º Pedro 2:19: porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo. Jesus nos libertou da escravidão para a liberdade. Não somos mais escravos mais da mentira, porque: E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ. SE POIS O FILHO VOS LIBERTAR, VERDADEIRAMENTE SEREIS LIVRES. João 8: 32 e 36. Veremos agora como podemos identificar se esse evangelho é de Deus ou de Satanás, conforme a Palavra de Deus.

Segundo a Palavra de Deus, satanás e todas as suas potestades do mal não tem livre arbítrio de escolha (basta ler o que aconteceu na vida de Jó, homem íntegro e reto, onde satanás foi pedir permissão para tocar na vida do mesmo , da sua família e de seus pertences) Jó 1: 6 a 22 e Jó 2: 1 a 13, assim como o ser humano diferentemente tem esse livre arbítrio de escolha de fazer o mal ou o bem. Todo o poder nos céus , na terra e debaixo da terra foi entregue pelo Pai nas mãos de seu Filho Jesus Cristo que se manifestou para destruir as obras do diabo ( 1º João 3:8 ) e salvar o que estava perdido: o homem que andava e anda em trevas, o homem decaído pelo pecado e escravo do diabo.Efésios 2: 1 a 22. João 3:17; Mateus 4:16 e 17. Lucas 19:10. Para que o mal aconteça na vida de qualquer ser humano, o mesmo só é permitido sob a permissão de Deus, nunca sendo essa a vontade de Deus, conforme a situação em que se encontra a vida do ser humano. Antes de praticar qualquer mal, sendo esse o prazer dele, satanás pede permissão primeiramente a Deus se pode ou não fazê-lo. O desejo do maligno é dominar completamente a humanidade em sua totalidade para que não haja salvação de nenhuma alma. Ele é o pai da mentira e o seu prazer é roubar, matar e destruir tudo aquilo que Deus criou, e em especial o ser humano. Não é e nunca foi da vontade de Deus desejar o mal para qualquer criatura humana. Deus é amor. Ele ama a todos os seres humanos, porque Ele é a essência do amor, amor ágape, mas também Ele é um fogo consumidor ( Hebreus 12:29 ) para os rebeldes e desobedientes a sua palavra ( assim aconteceu com as cidades de Sodoma e Gomorra, as quais foram destruídas pelo fogo e a ira de Deus sobre os moradores que viviam em total orgia ( Gênesis 19:24 ). Aquilo que o homem plantar, ele colherá ( Gálatas 6:7 ). Se for obediente a Deus, o maligno não lhe tocará, porém se for desobediente e viver na desobediência, estará abrindo uma ou mais portas para o inimigo atuar e atormentar a vida do mesmo. A palavra de Deus nos adverte para não darmos lugar ao diabo Tiago 4:7 Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resistí ao diabo, e ele fugirá de vós. Efésios 4:27 .. e não deis lugar ao diabo. Para conhecer quem é meu inimigo terei que conhecer a verdade para vencer a mentira. Se eu desconhecer a Verdade, a qual se encontra na Bíblia Sagrada, serei uma presa muito fácil para aceitar a mentira, pensando que é a verdade e estarei selando o meu próprio destino e se abraçá-la e divulgá-la para os incautos, leigos e cegos, estarei conduzindo-os para o mesmo buraco que cavei para cair.

Graças a Deus, o mesmo nos deu orientação em sua santa palavra escrita, de como discernir se um espírito ou um anjo é da parte de Deus ou do diabo. Na epístola de 1º João capítulo 4:1 a 3 está escrito: Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus, porque já muitos falsos profetas tem surgido no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus, mas todo aquele que nega, não é de Deus. Aquí está dizendo espírito não humano, mas o espírito das trevas que incorpora em falsos profetas, aparecendo para o mesmo trazendo um “novo evangelho” para denegrir e alterar o que está escrito na Bíblia Sagrada, fabricando heresias para que o mesmo seja um profeta representando esse “novo evangelho”, que segundo a Deus, é maldito. Gálatas 1: 6 a 12. Na Bíblia está escrito que satanás se transforma em anjo de luz ( 2º Coríntios 11:14 ), sendo porém que isso só acontece com a permissão de Deus. O apóstolo Paulo diz que o Evangelho que por ele foi anunciado não foi segundo os homens. Não o recebeu e não aprendeu de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo ( Gálatas 1:11 e 12 ). Aquí se entende claramente que não foi através de um anjo, mas diretamente do Nosso Senhor Jesus Cristo. Infelizmente, tem aparecido neste mundo, muitos falsos profetas que receberam uma ou mais visitas de anjos de como deveriam ser pregado e anunciado um “novo evangelho”. Esses pseudo profetas não souberam, no momento da presença desses anjos discernir se os mesmos vinham da parte de Deus ou não, usando o que nos ensina a palavra que está escrita na epístola de 1º João 4:1 a 3. Foram ludibriados, enganados e creram e depois disso passaram a ser profetas desse “novo evangelho”. Quando um anjo da parte de Deus se apresenta ao homem, com a permissão de Deus, ele nunca anunciará um novo evangelho, porém uma mensagem de Deus, no intuito de ajudá-lo trazendo uma resposta para uma solução para aquilo que de Deus foi designado. Em hipótese alguma, nenhum anjo da parte de Deus se incorpora em corpo humano. Podemos citar como os demônios se incorporam em pessoas, dando como exemplo o que aconteceu com o jovem Gadareno que tinha uma legião de demônios em seu corpo o qual morava nos sepulcros ( Marcos 5:1 a 20 ). Essa é a diferença que vemos o que está escrito na Bíblia Sagrada. Muitos profetas bíblicos receberam visitas de anjos da parte de Deus trazendo mensagens ou para castigo ou para bênçãos. A presença desses anjos aos homens, quando vem da parte de Deus, não sentimos terror, angústia ou medo, isto é, quando estamos em uma posição conforme a sua vontade. Se tudo o que foi escrito acima foi com um propósito de alerta e ensinamento para não sermos ludibriados com as mentiras e falsas doutrinas ensinadas de determinados profetas que receberam visitas de anjos que apresentaram um outro evangelho, entrando na contramão da verdadeira mensagem de Deus. Na matéria a seguir, citarei o que aconteceu com o denominado profeta Wlliam Marrion Branham da organização Tabernáculo da fé, fundador da mesma, e atualmente muitos tem se contaminado com as suas doutrinas ( ensinamentos ) e visões, o qual tinha como guia deste profeta um anjo que revelou a ele como deveria proceder em sua caminhada e esse anjo o seguiu até ao dia de sua morte trágica, morto em um atropelamento por um bêbado, na qual nem esse anjo o livrou nessa hora. Onde estava esse anjo que tanto o acompanhava ? Seus pais, ainda jovens, tinham em sua casa uma destilaria ilegal de bebidas alcoólicas e no fim de sua jornada confusa, foi morto por um bêbado ? Coincidência ? Conforme as palavras citadas pelo próprio Branham, a presença desse anjo sempre lhe trouxe angústias, tormentos e medo, tanto que tentou se suicidar uma vez e acreditava que fazendo isso iria se encontrar no paraíso com a sua esposa e filhas que tinham morrido . (footprints on de sands of time ). Conforme relata a Biblia Sagrada, que quem é homicida e praticou tais atos não herdará o reino de Deus e estão em condenação.Vale também ressaltar que Branham não acreditava no lago de fogo eterno e nem no fogo eterno do inferno (W.M. Branham, the revelation of the seven seals PP 28, 48 W.M.Branam, an exposition of the seven church age PP 134-135 ). Como disse conforme lemos na Bíblia, as aparições de anjos da parte de Deus, quando tinham uma missão de mensagem para os profetas e juízes não causavam efeito de medo e sim de paz.

Que Deus tenha misericórdia dos membros do Tabernáculo da fé, pois os mesmos foram atraídos e enganados pelo engodo de uma falsa mensagem, porque nem todos que disserem Senhor, Senhor, não entrarão no reino de Deus. Não devemos servir a dois senhores, nesse caso Branham e Jesus, mas somente a Cristo. Nessa organização, Tabernáculo da fé, os seus líderes usam dois métodos de ensino paralelos ( a Bíblia Sagrada e os escritos e ensinamentos de William Marrion Branham ) para pregar esse novo evangelho dado a Branham por um anjo guia que lhe apareceu em todos os lugares em que o mesmo ia orientando-o de como deveria falar ou proceder sem contrariar o que lhe ia falando ou mostrando. Se você foi ensinado dentro dos padrões anti-bíblicos dos unicistas, do pseudo profeta William Marrion Branham e do seu anjo guia e queira sair desse meio religioso, encontrarás muitas dificuldades para se desvencilhar do mesmo, e ficará até confuso perguntando para onde deva ir servir ao verdadeiro Jesus Cristo que nos dá a Graça do Espírito Santo como o verdadeiro guia para onde possamos adorá-lo em espírito e em verdade. Jesus no dá a direção certa nos apontando para a sua santa palavra que nos disse e diz: “Examinai as Escrituras, porque pensais ter nelas a vida eterna, porque estas mesmas escrituras testificam de mim “ João 5:39 e o mesmo

Salmo 119:105 “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” Não necessito de anjo de luz e nem palavras de profetas falsos que só trazem confusão e divisão em seus ensinamentos que só escravizam a mente dos seus seguidores. Jesus não diz para examinarmos os livros heréticos humanos e sim as escrituras sagradas. O verdadeiro Jesus Cristo nos disse que nos últimos dias, surgiriam falsos profetas e falsos cristos e enganariam a muitos. Os líderes e os membros do Tabernáculo da fé estão servindo a um falso cristo que está estampado em um quadro que foi revelado pelo seu falso profeta e não ao verdadeiro Jesus Cristo que proíbe fazer quadros pintados que dizem ser ele e em Êxodo 20:03 condena quem faz essa prática: não fazer imagem ou qualquer semelhança do que existe no céu. Jesus falou que onde estivessem dois ou três reunidos em seu nome , ele estaria presente nesse momento. Não necessitamos de nenhuma imagem de Jesus para invocá-lo, porque, mesmo que se fechem os olhos, a imagem deste Jesus com barba e cabelos longos ficaria em nossa memória. O verdadeiro Jesus, depois de sua ressurreição, ninguém, nem mesmo o Apóstolo João viu a sua face, conforme está relatado no livro do Apocalipse que diz que o rosto de Jesus era como o sol , quando resplandece na sua força, a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo. Apocalipse 1: 12 a 16. Quão grande diferença do verdadeiro Jesus citado pelo Apóstolo João e a do falso Jesus citado por Branham. A escolha é sua: ou o verdadeiro Jesus da Bíblia ou o falso Jesus do Tabernáculo da Fé. A quem dos dois você servirá ? Que você pense seriamente em sua salvação e pregue e sirva ao verdadeiro Jesus citado pelo Apóstolo João no livro do Apocalipse.