quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Ide e Fazei Discípulos

Portanto ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. (Mateus 28:19)

Este versículo é um dos mais conhecidos da Bíblia e certamente é um dos mais lembrados quando o assunto é a evangelização. Embora sua aplicação sirva corretamente a esse propósito, poucas pessoas conhecem um detalhe interessante nessa passagem.

É comum ouvir alguém dizendo que temos que fazer o “ide” que Jesus ordenou; que temos que “ir”, porque o “ide” é o esperado da Igreja, ou seja, a ênfase sempre é colocada no “ide”. O mesmo acontece com a passagem correlata em Marcos, onde geralmente é destacado o “Ide por todo o mundo” (Mc 16:15).

Confesso que nunca tinha visto problema nessa interpretação até que certa vez fui questionado por uma aluna acerca de um “excelente” trabalho evangelístico que uma determinada denominação estava realizando. O problema é que tal denominação é um centro de heresias. Ao expor a essa aluna a verdade sobre as heresias pregadas por essa denominação, ela me respondeu o seguinte: “Ah, pelo menos eles estão fazendo o ide que o Senhor ordenou”. Foi aí que eu percebi que talvez houvesse um problema com essa interpretação tão popular. Minha resposta para ela foi em forma de outra pergunta, a mesma que agora repito para você que está lendo esse texto: O que significa o “ide” para você? Talvez no final do texto você mude a sua resposta.

Quando falei que poucas pessoas conhecem um detalhe interessante nessa passagem, me refiro ao modo com que o texto é construído no original grego. Sem entrar em muitos detalhes cansativos sobre a gramática grega, podemos dizer que o verbo “ide” não está no imperativo. Na verdade o “ide” está no particípio, qualificando o imperativo da frase, ou seja, no grego a ordem dada por Jesus é o “fazei discípulos” e não o “ide”. Nessa sentença o ide apenas determina a maneira pela qual a ordem de se fazer discípulos é cumprida. Mesmo com esse detalhe, como já disse, nunca vi problema na interpretação popular que coloca o “ide” como sendo a ordem da sentença, pois afinal, para fazermos discípulos devemos “ir”.

A questão toda é que, através dos argumentos da minha interlocutora, percebi que ultimamente as pessoas estão concentradas apenas em “ir“, ou seja, enfatizam, sobretudo, o “ide” e, de fato, estão “indo“. Mas o ponto chave é: Indo para onde? Indo fazer o que?

O problema não está no entendimento do “ide“, mas sim na falta de compreensão acerca do que realmente é o “fazei discípulos“. Qualquer um pode “ir”. Uma seita pode ir, uma denominação que prega heresias pode ir, até mesmo um incrédulo pode ir. Mas o “fazer discípulos” é que não é para qualquer um. Para que não houvesse dúvida, o próprio Jesus nos esclarece que é somente pela pregação do Evangelho que podemos fazer discípulos.

Sem o Evangelho verdadeiro é possível fazer espectadores para os cultos, público para as apresentações da igreja, consumidores para o mercado “gospel”, clientes para as campanhas que estão na moda, e ativos para o relatório financeiro do mês. Só não será possível fazer discípulos como Jesus ordenou. Somente a mensagem que expõe a verdade sobre o pecado e aponta para o Cristo ressuscitado é que pode gerar discípulos verdadeiros para o reino de Deus, batizados como sinal de que foram regenerados, remidos de seus pecados e unidos com Cristo.

Apenas ir não basta. A ordem do Mestre é que façamos discípulos. Como faremos isso? Simples! Indo pelo mundo, pregando o Evangelho. Até podemos continuar encarando o “ide” como imperativo, desde que esse nosso “ir” necessariamente resulte no “ir” de pecadores a Cristo através da Palavra genuína.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

UMA VEZ SALVO, SALVO PARA SEMPRE?

A afirmação “uma vez salvo, salvo para sempre” tem sido uma das mais polêmicas entre os cristãos. Se fosse apenas polêmica, talvez até seria tolerável, porém em muitos casos vemos pessoas colocarem em segundo plano as verdades bíblicas para defenderem suas ideias com um preconceito que não deveria existir entre cristãos.

Como exemplo do que estou dizendo, já tive o desprazer de ouvir pastores “renomados” e até idolatrados por muitos, classificarem como “doutrina diabólica” e “filhos do Diabo” quem pensa de forma diferente deles nesse assunto. Mas por que tanta confusão com este assunto? Bem, a explicação para isso é longa. No final do texto podemos até falar um pouco sobre isso.

Eu mesmo já havia decidido não escrever sobre esse tema, porém recebo muitas perguntas relacionadas a ele e, pensando bem, não posso segmentar o ensino da Palavra de Deus. Não pretendo fazer uma extensa exposição teológica sobre o assunto (quem sabe uma próxima vez), tentarei ser o mais objetivo possível sem levantar bandeiras de escolas teológicas, apenas defendo o que a Bíblia diz, embora ainda assim, inevitavelmente, o texto será um pouco longo, pois é a única maneira de abordarmos a questão de forma completa.

Uma vez salvo, salvo para sempre? Posso perder a salvação?

Primeiramente precisamos ter ciência de que nem todos que se dizem, ou pareçam “salvos”, são de fato salvos em Cristo Jesus. Em última instância apenas Deus, que conhece o profundo do coração do homem, é quem realmente tem a resposta de “quem é, e quem não é”. Digo em “última instancia” não para defender pessoas nitidamente em condutas contrárias a Palavra de Deus, mas para questionar pessoas que enganam a todos com aparência de que “são, mas não são”. Estes enganam a igreja, a liderança e até aos ímpios. Falam em nome de Deus, “curam” doentes, pregam de forma emocionante, cantam muito bem, expulsam demônios, fazem “campanhas” e mais uma variedade de coisas impressionantes, porém eles só não conseguem enganar a Deus.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. (Mateus 7:22,23)

Note que Jesus diz claramente “nunca voz conheci”, ou seja, em nenhum momento Jesus disse “olha, eu conhecia vocês, porém me esqueci”. Logo, sabemos então que existem os salvos verdadeiros e os que se dizem ou parecem salvos.

Sobre os salvos verdadeiros, a Bíblia é muito clara em dizer que estes não se perdem, isto é, uma vez salvo, salvo para sempre. Existem muitos versículos que reforçam isso, mas vamos usar um texto como base que explica muito bem essa condição.

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. (João 10:27-29)

Jesus foi muito objetivo no que disse, não deixou ao menos espaço para dúvidas ou especulações. Ele é enfático em dizer que, para que uma ovelha (salvo verdadeiro) se perca, é preciso que alguém as tome da mão do Pai. Sinceramente, não conheço ninguém que seja tão poderoso.

No versículo 5 do mesmo capítulo, Jesus também afirma algo muito interessante. Contando uma parábola, Ele disse que os salvos verdadeiros nunca serão enganados, pois conhecem a voz do seu Pastor.

Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. (João 10:5)

A apostasia faz um salvo perder a salvação?

Neste ponto alguns argumentam que realmente a ameaça externa não pode fazer com que alguém perca a salvação, mas a interna, ou seja, a própria vontade da pessoa, pode tira-la da mão do Pai. Agora eu pergunto: o que levaria um salvo verdadeiro a querer perder a salvação? Seria isso possível?

Mas aquele que tomar da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. (João 4:14)

Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. (João 6:35)

Se uma pessoa que é verdadeiramente salva, por vontade própria quisesse perder a salvação, então significaria que Jesus errou nos versículos acima, e quem toma da água que Ele dá, em algum momento, sentirá sede novamente. Que ótimo que não foi isso que Jesus disse, ao contrário, ele é claro ao dizer que “nunca terá sede”. Em Jeremias 32:40 podemos ver a possibilidade de que Deus coloca no coração do homem o Seu temor, para que o homem nunca se aparte dEle.

Basicamente, a questão que está sendo discutida, de uma pessoa por si só perder a salvação, seria a Apostasia, porém biblicamente a apostasia só é cometida por salvos nominais, ou seja, pessoas que nunca nasceram de novo. Um dos versículos mais utilizados para defender a visão de um verdadeiro salvo apostatar da fé é o texto de Hebreus 6:4,5. Não vou fazer uma exposição sobre o texto de Hebreus aqui, pois fugiria do nosso propósito, porém posso dizer que o maior perigo de se interpretar a Bíblia é cair no erro de isolar determinados versículos e aplica-los fora do contexto original. Para discutirmos o texto de Hebreus é preciso ler a Epístola inteira, com atenção especial ao capítulo anterior (5), conhecermos bem para quem o escritor está escrevendo, o contexto geral e o imediato que envolve a Epístola e, entendermos se os versículos 4 e 5 do capítulo 6 estão se referindo aos verdadeiros salvos hebreus. Uma dica: no próprio versículo 9 o escritor deixa bem claro que existe uma distinção de pessoas.

Obviamente o texto de Hebreus trata de um caso severo de apostasia, porém não se refere à pessoas que realmente nasceram de novo. É só nos lembramos do texto já citado de Mateus 7:22,23. De qualquer forma, o texto de Hebreus não pode ser utilizado para defender a perda da salvação por um salvo verdadeiro, porque se fosse assim, também implicaria na afirmação de que após perder a salvação seria impossível consegui-la novamente (Hb 6:4). Em outras palavras, a pessoa poderia então escolher deixar de estar em Cristo, porém após essa decisão essa pessoa não poderia escolher voltar a Cristo novamente, mesmo que tentasse.

Resumindo, Jesus deu a vida eterna aos salvos, e não uma vida que se perde amanhã ou depois. Não existe a possibilidade de alguém ter a vida eterna hoje e perde-la amanhã, pois então não seria vida eterna e sim uma vida temporária de alguns dias, meses ou anos.

Um salvo verdadeiro pode morrer afastado do Evangelho?

Algumas pessoas diante da morte de alguém que foi “crente” por muito tempo, porém acabou se afastando do evangelho, se lamentam dizendo que se tal pessoa tivesse morrido na época em que estava na igreja teria sido melhor. Primeiro devemos saber que para Deus não existe o “se”, Deus é soberano e conhece todas as coisas, ou seja, é impossível surpreende-lo.

Para nós que não sabemos nada, principalmente o futuro, então o “se” faz todo sentido. A Bíblia diz que só Deus é quem tem o poder sobre a vida e a morte. Considerar qualquer possibilidade diferente dessa é afirmar que realmente existe algo ou alguém tão poderoso quanto Deus (se não mais), a ponto de tomar a vida de alguém sem Sua permissão. Se alguém realmente morreu e se perdeu em condenação eterna, então esse alguém nunca foi um salvo genuíno, ou seja, nunca creu verdadeiramente em Jesus, e sempre esteve condenado.

Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (João 3:18)

Em outras palavras, aquele que não crê é porque não faz parte das ovelhas de Cristo:

Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. (João 10:26)

Mas sobre essa questão também é importante dizer que ao homem é impossível determinar quem foi condenado no momento da morte. Claro, existem casos que são mais nítidos do que outros, sendo que o próprio Jesus disse que pelo fruto se conhece a árvore (Mt 12:33), mas em suma, este juízo pertence a Deus. Digo isso com o exemplo do ladrão na cruz, pois é inegável que ele foi recebido no paraíso. Jesus também explicou esse fato na Parábola dos Trabalhadores da Vinha, onde uns são chamados logo no começo do dia, enquanto outros são chamados já ao anoitecer, e nós não temos nada haver com isso.

A Bíblia diz que é preciso crer em Jesus para ser salvo:

A Bíblia diz diretamente que para alguém ser salvo é preciso crer em Jesus (At 16:31). Em relação ao “crer em Jesus” também é preciso dizer que não é um “simples crer”. Existem muitas pessoas que se dizem “crentes” em Jesus, mas a própria Bíblia diz que até mesmo os demônios creem em Deus, tanto que até estremecem (Tg 2:19).

O “crer” em Jesus para a vida eterna é explicado em João 3:3, ou seja, é o “nascer de novo”, “ser nova criatura”. Em outras palavras, como o apóstolo Pedro disse, é ser “regenerado para uma viva esperança”, porém essa regeneração não é obra nossa. Embora somos nós que cremos (já que não é Deus que crê por nós), a fé salvadora só pode acorrer após a regeneração (Jo 6:65; Ef 2:5), e tal fé também simplesmente não “aparece” em nós como que “por acaso”. O escritor de Hebreus entendeu muito bem essa condição ao escrever sobre quem realmente é o autor e o consumador da fé (Hb 12:2).

O escritor de Hebreus escreveu sobre isso porque ele sabia perfeitamente que no homem natural não habita bem algum (Rm 7:18), não há um que entenda, não há um justo se quer, não há ninguém que busque a Deus, todos são inúteis, pecadores e destituídos da glória de Deus (Rm 3). Porém, por uma obra completamente realizada por Deus, agora os salvos verdadeiros são feitos filhos de Deus, regenerados, justificados e glorificados, e isso não vem de nada que possamos oferecer, mas é exclusivamente graça de Deus.

Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. (Romanos 8:29,30)

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2:8,9)

Na verdade este texto que estou escrevendo poderia ser substituído perfeitamente, e sem a necessidade de notas de rodapé, pelo capítulo 2 da Epístola de Paulo aos Efésios.

É possível “desnascer” de novo?

A Bíblia em nenhum momento nos mostra a possibilidade de reversão do processo de adoção como filhos de Deus. Uma vez nascido de novo, agora é nova criatura. Se um salvo verdadeiro perdesse a salvação, então significa que ele precisaria se tornar um bastardo. Deus nos adotou como filhos e não consigo encontrar na Bíblia Ele nos devolvendo ao orfanato.

O problema da possibilidade de um salvo genuíno perder a salvação é que coloca em Jesus a culpa pelo fracasso.

Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. (João 6:37-39)

Perceba que os salvos verdadeiros são dados pelo Pai, e nenhum destes são lançados fora, porque a vontade do Pai é que todos os que Ele deu não se perca. Se fosse possível um dos que o Pai deu ao Filho se perder, então significa que o Filho não cumpriu uma vontade do Pai. Sobre isso alguém pode dizer que o Pai entregou todos os homens ao Filho, porém isso implicaria no universalismo da salvação, ou seja, que todos serão salvos e essa doutrina não é bíblica. O próprio Jesus é enfático ao dizer que não são todos:

Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. (João 17:9)

A certeza da salvação – Onde nossa salvação esta guardada?

A Bíblia nos convida a termos a certeza da nossa salvação, porém sabemos que o homem é mentiroso, enganador, volátil e variável. Ao homem é possível namorar, noivar, se casar, prometer amar durante toda a vida, construir uma família e, depois de trinta anos de união, resolver se divorciar dizendo que não ama. Se o homem hoje diz “te amo” e amanhã diz “nunca mais quero você”, mudando de ideia tão facilmente, como seria possível então ao homem ter a certeza da salvação, se essa salvação dependesse de sua vontade em guarda-la?

O coração do homem é enganoso (Jr 17:9), por isso nossa salvação esta guardada de forma segura em Deus:

Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (Colossenses 3:3)

O salvo verdadeiro esta guardado e confirmado em Deus, e foi selado, recebendo o Espírito Santo como penhor para o dia da redenção:

Nele também vós, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação no qual tendes crido, fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor da sua glória. (Efésios 1:13,14)

A salvação é uma obra perfeita realizada por Deus, Ele começou essa obra em nós e não deixará inacabada, é dEle tanto o querer, quanto o efetuar.

Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1:6)

Se uma vez salvo, salvo para sempre, então tenho permissão para pecar?

Geralmente essa é uma das primeiras conclusões precipitadas que as pessoas tiram sobre a afirmação de que uma vez salvo, salvo para sempre. Quem conclui dessa forma é porque ainda não compreendeu a verdadeira doutrina bíblica sobre o assunto.

Biblicamente, ninguém que é verdadeiramente salvo vai querer sair pecando por aí e levando uma vida desordenada, pois isso é contra a sua nova natureza.

Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. (1 João 2:4)

Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. (1 João 3:9)

O Apóstolo João deixa claro que os salvo em Cristo Jesus não vivem na prática do pecado, porém isso não significa que um salvo nunca irá pecar. O mesmo Apostolo também escreve sobre isso:

Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. (1 João 1:10)

Parece contraditório, mas não é. O verdadeiro salvo ainda está sujeito ao pecado (Rm 7), mas não se conforma com essa prática, pois mesmo que existam momentos de fraquezas, o Espírito Santo, que é quem nos convence do pecado (Jo 16:8), guiará o salvo a toda verdade (Jo 16:13), produzindo arrependimento. A Bíblia diz que quando um salvo peca, ele entristece o Espírito Santo de Deus, mas em nenhum momento afirma que o salvo perde o Espírito Santo (Ef 4:30). Para quem é nova criatura, ao pecar, o amor de Deus o constrange de uma forma tão esmagadora que não lhe resta outra opção a não ser confessar seu pecado a Deus.

Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. (1 João 1:7,9)

O que acontece se um salvo pecar?

Muitas pessoas acreditam que um salvo pode perder a salvação porque o sacrifício de Cristo na cruz perdoou apenas os nossos pecados passados, aliás, alguns até imaginam Deus falando o seguinte: “Eu perdoou até aqui, daqui para frente, agora que você conhece a verdade, a responsabilidade é sua”.

Não é isso que a Bíblia diz. Sabemos que pecamos por atos, palavras, pensamentos e por omissão. Mesmo que um salvo não peque por palavras, atos e omissão (o que já seria incrível), o que dizer então sobre os pensamentos? Acredita-se que pensamos em média cerca de 10 mil pensamentos por dia. Se apenas um pensamento for pecado, em 30 dias teremos pecado 30 vezes. Em 10 meses pelo menos 300 vezes, e assim por diante. Acredito que isso já seria o suficiente para tirar a nossa salvação. Para quem argumenta que pecar por pensamento não é tão grave, precisa ler Mateus 5:28.

É por isso que somos justificados, porque Cristo nos purifica de todos os pecados (passado, presente e futuro).

Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós; (Romanos 8:33,34)

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. (1 João 2:1)

Também é importante dizer que quando o salvo peca, mesmo justificado, ele ainda é repreendido por Deus:

Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. (Hebreus 12:6)

Não existe a mínima possibilidade de um salvo genuíno viver desordenadamente sentindo prazer pelo pecado. Se alguém vive assim é porque nunca foi salvo. O salvo verdadeiro deve despir-se do velho homem que é segundo Adão, e revestir-se do novo homem que é segundo Cristo.

Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. (Efésios 4:22-24)

Sabemos que o salvo verdadeiro é tentado, mas Deus o preserva lhe dando o espace:

Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar. (1 Coríntios 10:13)

A Bíblia se contradiz sobre a segurança da salvação?

Existem passagens difíceis na Bíblia, porém não existem erros e contradições. Algumas pessoas apresentam uma série de versículos para tentar argumentar que um salvo verdadeiro pode perder a salvação, porém se isso fosse verdade então haveria contradições na Bíblia. Se para nós, em um texto, a Bíblia diz uma coisa e em outro texto ela parece dizer outra, acredite, o problema é a nossa interpretação.

Se João 10, e tantos outros textos bíblicos, asseguram claramente a segurança da salvação ao salvo, qualquer texto que pareça contradizer esse ensino com certeza esta sendo interpretado errado.

É verdade que na Bíblia existem várias passagens que dizem que devemos perseverar até o fim, sermos fiéis, não retrocedermos, retermos a palavra, permanecermos na verdade, vivermos em santidade, guardarmos nossa coroa e muitos outros. Esses textos não contradizem o restante das Escrituras, pelo contrário, nos exortam sobre o padrão de vida que um salvo verdadeiro deve ter, e quando olhamos à luz da Palavra de Deus quem é que consegue permanecer fiel até o fim, descobriremos que é somente aquele a quem o Pai preserva.

Paulo escrevendo a Tito no capítulo 2, explica claramente que a graça de Deus nos ensina um novo padrão de vida:

Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; (Tito 2:12,13)

A Bíblia nos instruí a vivermos em santidade e buscando a Deus, porém as pessoas precisam entender que devemos andar em santidade não porque queremos ser salvos, mas porque somos salvos, já que a santificação, embora ocorra de forma sinérgica no homem, também é uma obra que começa em Deus.

Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. (João 17:17)

E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Tessalonicenses 5:23)

Em outras palavras, o processo de santificação é uma evidência da salvação, e não uma espécie de “conquista” da salvação. Nossa fidelidade a Deus não é para impressiona-lo e nos credenciar a salvação, mas é o resultado da nossa gratidão por uma obra tão maravilhosa realizada em nós. Poderíamos dizer que a santificação não é o passaporte para a salvação, mas é o comprovante da salvação.

O Apóstolo Tiago faz uma reflexão muito importante quando diz que “a fé sem obras é morta”. Ele não quis dizer que são essas obras que nos farão alcançar a vida eterna, mas em paralelo com o que Paulo escreveu em Efésios 2, podemos perceber que a salvação não vem das nossas obras, porém a fé salvadora inevitavelmente produzira boas obras. Se alguém diz ter fé salvadora e não produz tais obras, logo o problema não é a falta de obras, mas a falta de uma fé verdadeira.

Quanto a nós, devemos ter a certeza de que Deus não realiza nada pela metade, ele não planejou uma obra em nós que não foi terminada. O que ele planeja ele executa.

Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. (Filipenses 2:13)

Por que muitas pessoas acreditam que é possível um salvo perder a salvação?

Hoje, a grande maioria dos cristãos discorda da afirmação de segurança eterna da salvação. Isso acontece como consequência de discussões que tiveram início a mais de 1.000 anos, quando uma certa doutrina sobre a salvação começou a dar muita ênfase na escolha do homem. Essa doutrina era o Pelagianismo, que negava o fato de que todos os homens nascem pecadores tal como a Bíblia ensina. Essa doutrina foi adaptada no catolicismo para o que é conhecido como Semipelagianismo, que embora “rejeitado” posteriormente pela própria Igreja Católica, nunca desapareceu. Esse sistema afirma que o homem nasce em pecado, contaminado de forma parcial, porém ainda é capaz de fazer o bem em relação à salvação. Esse tipo de doutrina é ótimo, claro, para se justificar coisas como a venda de Indulgências, por exemplo. Ainda hoje, em algumas Igrejas Evangélicas, a distribuição de “amuletos” e penitências (principalmente financeiras) também partem de heranças do Semipelagianismo.

Na reforma da Igreja esse tipo de doutrina foi rejeitada e classificada como heresia. Mais tarde surgiu uma linha doutrinaria que hoje é predominante na Igreja Evangélica, chamada de Arminianismo, com seu maior expoente o teólogo holandês Jacob Arminius.

O que aconteceu é que, liderado por alguns seguidores de Arminius após sua morte, o sistema Arminiano Clássico (que é muito diferente do modelo Pelagiano e Semipelagiano), sofreu diversas modificações, originando várias ramificações que diferem do modelo original de Jacob Arminius, sendo que em algumas vertentes, o Arminianismo se aproximou muito do modelo Semipelagiano.

Sobre a questão da “perda da salvação” por um salvo, justiça seja feita, Jacob Arminius nunca defendeu essa ideia, e nesse ponto ele nunca se posicionou de forma definitiva. Sobre isso Arminius escreveu: “Eu não deveria precipitadamente ousar dizer que a fé verdadeira e salvadora pode finalmente e totalmente esmorecer”.

Líderes posteriores como alguns Remonstrantes e John Wesley, por exemplo, é que assumiram a posição oficial da perda da salvação, justificando que nenhum fator externo pode fazer com que um salvo perca a salvação, desde que ele permaneça em Cristo, isto é, o salvo só perde a salvação por ele mesmo, decidindo apostatar da fé. Como já vimos, o problema sobre esse ponto de vista é que a Bíblia ensina explicitamente que o apóstada nunca foi um verdadeiro salvo, ou seja, o apóstada é um salvo nominal.

O Arminianismo dos Remonstrantes e, principalmente de Wesley, foi muito difundido entre os cristãos com o Metodismo e, mais tarde, de raízes metodistas (Holiness), surgiria o Movimento Pentecostal, que representa o maior grupo evangélico do mundo. Daí o fato da grande maioria dos cristãos reprovarem a afirmação de uma vez salvo, salvo para sempre. Também é verdade que nem todos os pentecostais seguem a doutrina Arminiana, e que nem todos os arminianos rejeitam a perseverança dos salvos, principalmente os clássicos. Existem muitas igrejas (principalmente Batistas) que adotam a soteriologia arminiana oficialmente, porém defendem a perseverança dos salvos.

Não há dúvida que muitos homens de Deus que foram grandes pregadores da Palavra e exímios missionários, como por exemplo, John Wesley e C. H. Spurgeon, defenderam posições diferentes sobre o tema, porém nenhum deles foi um herege por causa disso. O problema está no radicalismo, tanto de um lado quanto do outro, geralmente motivado pela tão famosa discussão entre Calvinismo e Arminianismo que não pretendo falar aqui.

O ensino maligno que precisa ser combatido é o que diz que “não importa como a pessoa viva, uma vez salvo, salvo para sempre”. O que a Bíblia ensina é que “uma vez salvo, salvo para sempre”, porque o verdadeiro salvo não vive na prática do pecado, antes, agora como nova criatura, ele é guiado pelo Espírito de Deus (Rm 8). Para estes, e somente para estes, não há nenhuma condenação, pois estão em Cristo Jesus.

Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 8:37-39)

domingo, 7 de janeiro de 2018

O QUE É O CHIP 666? A BÍBLIA FALA SOBRE O CHIP DA BESTA?

A Bíblia não fala nada sobre um chip da Besta popularmente conhecido como “chip 666”. É verdade que o livro do Apocalipse menciona uma certa marca da Besta, associada ao número de seu nome, 666. Mas em nenhum momento é dito que essa marca será um chip (Apocalipse 13:16-18).

Curiosamente, os propagandistas das teorias sobre o chip 666 alegam se basear em uma série de informações secretas que eles obtiveram. Sim, supostamente eles tiveram acesso a várias informações sigilosas da ONU, da NASA, da União Europeia e de empresas multinacionais.

Segundo eles, essas informações tratam acerca do chip da Besta e de uma nova ordem mundial. São milhares de pessoas que nem mesmo trabalham com espionagem ou coisas desse tipo, mas que conseguiram acesso privilegiado a documentos secretos. Incrível, não?

Além do chip 666

Não é de hoje que as pessoas tentam atribuir significados à marca da Besta e ao número 666. Nas últimas décadas várias coisas foram identificadas como “suspeitas” de serem a marca da besta. Antes do famoso chip 666, outras coisas já apavoravam as pessoas.

Já foi afirmado, por exemplo, que a marca da besta seria o código de barras. Esse tipo de interpretação ocorreu logo que essa tecnologia surgiu para a identificação de produtos. Para muitos cristãos da época, um código com barras numéricas que poderia ser lido por uma máquina só poderia ser coisa do Anticristo.

Também já foi proposto que tal marca se tratava do “www”, quando a internet começou a se popularizar. O “www” é uma tripla repetição de uma única letra, e de acordo com algumas contas bem estranhas e sem sentido, “www” poderia somar 666.

Mesmo antes do chip da besta, do código de barras e do “www”, outras coisas eram sugeridas. Há muito tempo, nos Estados Unidos, já foi sugerido que a marca da besta era as faces da moeda americana de 10 centavos de dólar. O símbolo da maçonaria também já foi apontado como provável candidato. Outra interpretação que perdura até os dias de hoje, diz que receber a marca da besta é guardar o domingo, ao invés do sábado.

Agora a onda da vez é o tal famoso chip 666. Esse chip da besta, segundo os defensores dessa teoria, se trata de um microchip que será implantado sob a pele da mão direita ou da testa. Aqui no Brasil, por exemplo, muitos boatos já surgiram alegando que certos políticos estavam trabalhando para implantar o chip 666 em todos os cidadãos brasileiros. Muitos cristãos estão convictos disto, até que surja uma nova tecnologia que torne essa aposta do momento obsoleta.

O chip da Besta e o rastreamento tecnológico

As pessoas ficam alarmadas com a possibilidade de vir por aí um chip da Besta capaz de rastrear todo mundo. Porém, num certo sentido, praticamente todas as pessoas já estão sendo rastreadas.

Praticamente todo mundo possui um número de identificação (CPF). Quase todas as pessoas possuem dados bancários. A maioria também tem contas de e-mail, redes sociais, smartphone com GPS e uma série de aplicativos que exigem um perfil social.

Tempos atrás até estourou um escândalo em que o governo dos Estados Unidos foi denunciado por violar a privacidade de seus cidadãos. Isso indica que já existe um controle de pessoas muito bem estabelecido, em que tanto cristãos quanto incrédulos, são de certa forma rastreados.

O chip 666 e o Apocalipse

Antes de alguém dar como certa a existência de um suposto chip da Besta, é preciso analisar o contexto do livro do Apocalipse. Os destinatários primários deste livro foram os cristãos do primeiro século que viviam na Ásia Menor.

O Império Romano governava e controlava toda aquela área, e o Cristianismo estava sendo duramente combatido. Os cristãos estavam sendo perseguidos, presos e até mortos. Quem não se dobrasse ao paganismo romano e prestasse culto ao imperador, era excluído da vida sócio-econômica de Roma. Eles passavam por necessidades, pois em muitos casos não podiam trabalhar e estabelecer transações comerciais. Os crentes de Esmirna, por exemplo, viviam em terrível pobreza (cf. Apocalipse 2:9).

Realmente existe muita discussão sobre o que seria a marca da Besta no Apocalipse. Porém, seja qual for a interpretação adotada sobre essa marca, ela precisa se harmonizar com o contexto histórico do livro. Qual seria a utilidade para aqueles cristãos do século 1 d.C. saber sobre um suposto chip 666 lançado no século 21?

O Anticristo poderá utilizar algum tipo de chip?

A Bíblia fala que o Anticristo será o maior opositor de Cristo e de seu povo. Na verdade, já em nossos dias existe um sistema anticristo, que se opõem a Cristo e sua palavra. Governos, organizações, personalidades e líderes religiosos já trabalham segundo o espírito do Anticristo.

Porém, a Bíblia indica que haverá uma pessoa que regerá todo esse sistema. Sob sua liderança, a oposição à Palavra de Deus se intensificará.

Possivelmente essa pessoa usará tudo o que tiver a seu alcance para afrontar a Deus e perseguir seu povo. Se for o caso, ele poderá usar não apenas um tipo de chip, mas qualquer outra coisa que lhe dê recursos para executar essa tarefa. Porém, isso não significa que esse chip será a marca da Besta.

O medo do chip 666 da Besta

Muitas pessoas realmente ficam apavoradas com essas teorias sobre o suposto chip 666. Geralmente elas têm muito medo de perderem a salvação por causa desse chip da Besta. Mas pensar assim é o mesmo que enxergar Deus como um tipo de leitor de código de barras ou de chips RFID.

Além disso, com uso da força, uma pessoa poderia ter o chip da Besta implantado mesmo contra sua vontade. Isso então seria muito vantajoso para Satanás. Bastaria o uso de um simples chip para fazer com que as pessoas fossem privadas da salvação eterna. Mas felizmente a porta da salvação não é liberada ou bloqueada pela presença ou ausência de um chip.

Sei que muita gente gostaria que eu escrevesse a favor dessas estórias, e dissesse que a marca da Besta é um chip. Mas não posso escrever e defender aquilo que não está na Bíblia. Tudo o que podemos dizer é que a marca da Besta de que o Apocalipse fala, é algo muito mais profundo e grave do que um mero chip que supostamente será implantado.

Essa marca identifica quem são os adoradores da Besta, os escravos de Satanás. Certamente não é um tipo de chip que determina isto. Claro que a discussão sobre a implantação de chips em humanos é muito válida, pois o assunto é muito controverso. Mas também não se pode dizer que a Bíblia diz, o que ela não diz. O chip 666 está baseado em teorias conspiratórias, não na Bíblia. No próximo texto iremos entender um pouco mais sobre o que a Bíblia realmente fala sobre a marca da Besta.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Apologistas católicos finalmente admitem o óbvio: a Igreja Católica atual é mesmo a Babilônia do Apocalipse

Já dizia Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. Eles tentaram esconder o quanto puderam. Tentaram inventar as desculpas mais macabras e estapafúrdias que esse mundo já viu só para não admitir o óbvio. Chegaram até ao ponto de dizer que o Apocalipse já tinha acabado, que a Babilônia era Jerusalém, que a marca da besta era o sinal do “Ave César” que se fazia com as mãos, que os gafanhotos eram soldados romanos, que expressões como “toda a terra” e “mundo inteiro” na verdade significam “apenas Jerusalém e mais ninguém”, que os duzentos milhões de Ap 9:16 eram na verdade só alguns poucos milhares, que a cidade que reinava sobre todos os reis da terra na época que João escrevia era Jerusalém (a mesma que era dominada e subjugada por Roma), que a cidade mundialmente famosa nos tempos antigos por ser a “cidade das sete colinas” também era Jerusalém e não Roma, e até mesmo inventaram uma pseudoressurreição de Nero para “explicar” suas contradições e insanidades sem fim, dentre diversas outras loucuras de filme de comédia para tentar esconder o óbvio, pensando conseguir enganar alguém com tanta maluquice.

Mas a verdade não pode ser resistida por tanto tempo.

Depois de todo esse tempo fazendo os maiores malabarismos da galáxia para desvincular a Igreja Romana como sendo a Babilônia do Apocalipse, cuja identificação é óbvia e autoevidente a qualquer cidadão com um pouco de cérebro, bom senso e capacidade de pensar, eles finalmente admitiram: a Igreja Católica atual é mesmo a Babilônia. Já era hora. Confiram neste site de apologética católica:

http://www.igrejacatolica.org/prostituta-da-babilonia-seita-vaticano-ii-apocalipse/#.WRP4hs9tmJC

O mais impressionante de tudo é que eles usam exatamente os mesmos argumentos que eu já havia exposto neste artigo escrito poucos meses antes do deles, o que inclui o fato de a prostituta estar assentada sobre “muitas águas”, sobre os “sete montes”, sobre ser uma “mulher” e “mãe”, estar vestida de púrpura e escarlate, ter uma taça de ouro na mão, estar embriagada com o sangue dos mártires e outras evidências que deixam a identificação da Babilônia do Apocalipse mais óbvia do que a cor do cavalo branco de Napoleão. Inacreditavelmente, até os apologistas católicos já estão percebendo o óbvio e deixando de lado as loucuras e demências preteristas inventadas no século XVI justamente para salvar a pele da Igreja, contra uma tradição futurista milenar que prevaleceu de forma absoluta e inquestionável em todas as eras da história da Igreja até então.

Vale lembrar que o Vampirão da Virgínia, o novo papa dos católicos tradicionalistas de direita no Brasil, já havia garantido que o papa Francisco é o falso profeta do Apocalipse:

Ou seja, os próprios tradicionalistas católicos já estão juntando as peças do quebra-cabeças e aceitando o fato de que a Igreja Romana é a Babilônia apocalíptica e que o papa Francisco é o falso profeta. E mesmo assim ainda tem gente da Idade da Pedra sob forte carga de lavagem cerebral e fanatismo que ainda insiste que a ICAR é a salvação da civilização ocidental, que irá libertar o mundo do Islã, do comunismo, do ateísmo e de todos os males da humanidade, que é a “arca da salvação” e que todos os protestantes têm que se converter à Babilônia Igreja Católica e se submeter ao falso profeta papa com a máxima urgência. E o mais inacreditável de tudo é que muitas vezes os que ensinam isso são os mesmos que ensinam aquilo, ou seja, são tão tapados que estão assumidamente querendo trazer as pessoas para dentro da Babilônia. Vejam por exemplo a “conclusão” dos apologistas católicos do artigo citado:

É uma lógica realmente invejável: a Igreja Católica se tornou a Babilônia do Apocalipse depois do Concílio Vaticano II, então quem está errado? Os protestantes, é claro. E o que isso prova? Que a Igreja Católica é a autêntica, é lógico. É tanta lógica e coerência que eu chego a lacrimejar os olhos de tanta emoção. Onde foi parar todos aqueles argumentos tradicionais da apologética católica, sobre “estarei convosco até o fim dos tempos”, “as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja” e a infalibilidade papal? Foi pro ralo (#RIP). Mas o importante é que a Igreja Romana continua “autêntica”, mesmo sendo a prostituta, a Babilônia, a sede do falso profeta e de tudo o que há de ruim, sobre a qual Deus derramará a sua ira. Ainda bem, né? Assim o católico pode ficar em paz.

Tanto tempo perdido inventando tanta baboseira e maluquice para tentar esconder o óbvio, e agora esse site católico esfrega toda a verdade na cara e estraga tudo. 

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Lucas Banzoli (www.facebook.com/lucasbanzoli1)
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2017/05/apologistas-catolicos-finalmente.html

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ, REFUTAÇÃO A KACOU PHILIPPE.

ALERTA À IGREJA CRISTÃ (& Aos Irmãos das Redes Sociais):
Você pode estar adicionando e curtindo (nos grupos) pessoas que:
a) demonizam os crentes;
b) desacreditam as Sagradas Escrituras; e
c) estão pregando, nos espaços evangélicos, que existiria outro mediador entre Deus e os homens, além de Jesus. .

I - LEIA COM ATENÇÃO:

“No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade.” (SEGUNDA CARTA DE PEDRO 2:1-2) .

Sou um dos administradores do grupo de discussão BÍBLIA & ALCORÃO / Facebook. E, nesses últimos cinco anos, o meu ministério, nas redes, consistiu na DEFESA DA FÉ CRISTÃ contra os ataques que recebemos dos adeptos do Islamismo. Portanto, além do evangelismo, através de debates, escrevo artigos e livros sobre o tema. O objetivo é oferecer subsídios aos que queiram atender ao que nos foi ordenado (CARTA DE JUDAS 1:3-4); fazendo da necessária defesa de nossa fé um cumprimento do IDE de Jesus. MAS, Porém, Todavia e Entretanto... Não é de tal religião (Também não e anticristã.) que eu quero, nesse artigo, tratar. QUERO TRATAR DA MAIS NOVA AMEAÇA Á NOSSA FÉ.

II - ELES: QUEM SÃO & O QUE ESTÃO FAZENDO. . .

Eles SE IDENTIFICAM como se fossem irmãos. Eles até SE APRESENTAM (alguns) como apóstolos e pastores, etc. Eles SE INTRODUZEM DISSIMULADAMENTE em nosso meio. Pedem para ser adicionados e para participar dos grupos sabidamente cristãos. Em suas postagens citam as Sagradas Escrituras, mas, como o intuito de negar e torcer Bíblia. POR QUÊ??? Porque SEGUEM A UM FALSO MESTRE, do qual (Sem a menor ética ou escrúpulo.) alardeiam os enganos doutrinários: trata-se de um tal KACOU PHILIPPE. Kacou se diz o profeta do nosso tempo, assim como foram Moisés e Jesus, no que seria (Ele alega.) ter sido o tempo deles. E alardeiam isso, como se o Senhor Jesus não fosse o mesmo “ontem, hoje e eternamente” Deus (CARTA AOS HEBREUS 13:8). LOGO, não será novidade se você encontrar alguns seguidores daquele indivíduo, dizendo aberrações teológicas. Coisas como se Jesus e Moisés pertencessem apenas ao passado; e que o tal Kacou Philippe fosse “o profeta da hora”.
QUER OUTRO HORROR? A negação das Escrituras, ao ponto de um pretenso pastor deles queimar a Bíblia e dizer que somente acredita em profeta vivo: o tal Kacou. Como isso, ele disse o que pensa de Jesus (Estaria morto!). Não, sabendo, porém, que ele e o seu profeta Kacou é que se encontram, biblicamente falando, a morte espiritual. CONFIRA no link (Caso não abra, copie e cole no Google.): https://www.youtube.com/watch?v=xS470XRppKA .

III - POR QUE ESSE TIPO DE COISA ANDA ACONTECENDO?

1 – Para o CUMPRIMENTO DAS ESCRITURAS. Passagens bíblicas como PRIMEIRA E SEGUNDA CARTA A TIMÓTEO 4:1-4, ATOS 20:28-30 e as já citadas Cartas de Pedro e de Judas, entre tantos outros textos apenas corroboram o que disse Jesus: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.” (EVANGELHO DE MATEUS 24:11). .
2 – Porque temos muitos CRENTES IMATUROS, evidente FALTA DE DISCERNIMENTO e também LÍDERES OMISSOS. Tenho visto grupos evangélicos, em redes, como o Facebook, quando não invadidos, aceitarem publicações dos seguidores de Kacou e até de muçulmanos. E de fato, a OMISSÃO COMEÇA NA ACEITAÇÃO de pessoas com tal perfil. Depois, passa pela APROVAÇÃO (irrefletida) de suas postagens. Até chegar a CURTIÇÃO (a qual deve ser vista como uma espécie de “Amém”.) e no NÃO BLOQUEIO DOS TAIS, mesmo quando desmascarados. As consequências tendem a ser desastrosas, em se tratando a Eternidade... Poucos irmãos em Cristo, ao que parece, estão aptos ou levam mesmo em conta advertências como PRIMEIRA CARTA DE JOÃO 4:1. Por isso, do mesmo que os falsos profetas do passado, Kacou e seus seguiodres estão encontrando espaço na Cristandade. E, infelizmente, as redes sociais tem sido para eles um vasto campo. Campo no qual se alastra com facilidade todo vento de doutrina estranha (CARTA AOS HEBREUS 13:9), há tantos crentes “desigrejados” e muitos que, mesmo se congregando, demonstram não ter pastor. . 3 – Por “ESTUPIDEZ TEOLÓGICA”, Orgulho Satânico, etc.
À partir de agora, passo a destacar SETES ENGANOS TEOLÓGICOS, ERROS DOUTRINÁRIOS E JULGAMENTOS ABSURDOS, encontrados na conduta e na obra (“O Livro do Profeta Kacou Philippe”) desse indivíduo. Em seguida, farei a REFUTAÇÃO de cada um deles. Para que o irmão em Cristo NÃO SE DEIXE ENGANAR por Kacou e seus seguidores. Alguns destes, como eu disse, se autointitulam apóstolos, pastores, etc. .

UM CASO DE GRITANTE “ESTUPIDEZ TEOLÓGICA”: Kacou Pilippe se identifica como um profeta igual aos do Antigo Testamento. Porém, desconhece o que disse Jesus sobre os mesmos (Evangelho de Mateus 7-11)... .
A – KACOU SE IDENTIFICA: . “QUESTÃO: Quem é Kacou Philippe?
REPOSTA: Kacou Philippe é o Profeta que nosso Senhor Jesus-Christ enviou à terra como os Profetas da Bíblia de acordo com Mat. 23:34-35. Suas Palavras têm o mesmo valor que aquelas dos Profetas da Bíblia. Ele é como Noah hoje. Se você lhe rejeita, você rejeitou Jesus Cristo e você serve e adora o diabo sem saber .” ( https://www.facebook.com/kacou.philippe/posts/4690451632386 61 , postado em 25 de Setembro de 2014 e acessado em 18 de Fevereiro 2017.)
Nota importante:
OBSERVE A PRESUNÇÃO, bem ao estilo do orgulho satânico (Livro do Profeta Isaías 14:12-15, Ezequiel 28: 11-15, etc.), em afirmar que quem o rejeita, rejeitaria a Jesus e adoraria o diabo. Ora, a PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DE UM FILHO DO DIABO é a presunção e o orgulho. E, nisso, Kacou Philippe se iguala a quem, senão ao ex-ungido, referido em Ezequiel e Isaías? .

B - MAS... O QUE DISSE JESUS SOBRE OS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO? .
“Enquanto saíam os discípulos de João, Jesus começou a falar à multidão a respeito de João: "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Ou, o que foram ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que usam roupas finas estão nos palácios reais. Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e mais que profeta. Este é aquele a respeito de quem está escrito: ‘Enviarei o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti’. Digo-lhes a verdade: ENTRE OS NASCIDOS DE MULHER NÃO SURGIU NINGUÉM MAIOR DO QUE JOÃO BATISTA; TODAVIA, O MENOR NO REINO DOS CÉUS É MAIOR DO QUE ELE. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele. Pois todos OS PROFETAS E A LEI PROFETIZARAM ATÉ JOÃO.” (EVANGELHO DE MATEUS 11:7-13) .

C – E QUAIS AS IMPLICAÇÕES DO QUE DISSE JESUS??? .
Até a vinda do Senhor Jesus, entre todos os homens, o maior (O mais importante.) foi João Batista. - E por quê? Por causa da função especial e específica do ministério de João: antecipar (ou ser o precursor) a vinda do Filho de Deus ao mundo (EVANGELHO DE JOÃO 1:22-23). - João Batista é O ÚNICO PROFETA PROFETIZADO NO A.T., especificamente (e não apenas de forma generaliza). Sobre ele falaram Isaías (40:3), 750 anos antes, e Malaquias (3:1 e 4:4-6), 400 antes dele nascer. - Como profeta e em função de sua missão, Jesus coloca João Batista numa condição maior que a de Moisés e Elias. E João, assim como Elias, sequer escreveu livro. - TODAVIA... o menor dos crentes (Nascidos de novo, óbvio.), dada a importância da Nova Aliança e o Reino de Deus é, nas palavras de Jesus, mais importante (maior) do que João. -

PRIMEIRA CONCLUSÃO:
Um indivíduo como Kacou, para se achar (E se acha.) o máximo, colocando-se como se fosse (Mas... também não é verdade.) na mesma condição de um profeta do A.T., apenas torna evidente a sua ESTUPIDEZ TEOLÓGICA. 

SEGUNDA CONCLUSÃO: Quando Jesus diz que “a Lei e os profetas profetizaram até João”, o que Ele quis nos ensinar? O MINISTÉRIO PROFÉTICO COMO NO ANTIGO TESTAMENTO ESTAVA ENCERRADO. Tanto que na igreja cristã não tem livros de profetas específicos. E nem vemos a predominância deste ministério em Atos dos Apóstolos. Embora Paulo, Barnabé e outros tenham sido reconhecidos como profetas e/ou mestres (LIVROS DOS ATOS DOS APÓSTOLOS 13:1-3), Ágabo é o único especificamente chamado de profeta e a fazer predições sobre acontecimentos do seu tempo (11:27-30, 21:8-14).

TERCEIRA CONCLUSÃO: Ágabo é uma figura secundária na igreja; citado apenas por duas vezes; e sendo identificado apenas como “um profeta” (ou mais um) e não como “o profeta” da igreja ou daquele tempo. Por quê? Porque simplesmente INEXISTE NA NOVA ALIANÇA A FIGURA DO PROFETA PRINCIPAL EM QUALQUER TEMPO da Igreja e com autoridade universal. Nenhum dos escritores bíblicos, mesmo escrevendo profecias, se apresentam como tal. E mesmo no ANTIGO TESTAMENTO não existiu um apenas profeta para sua época. Para que fique claro: Moisés é de fundamental importância (Perdendo apenas para João Batista.), porém, não era o único do seu tempo. Miriam é também reconhecida como profetiza no tempo em que ele vivia (LIVRO DE ÊXODO 15:20-21).

FINALIZANDO:
Somente por “estupidez teológica” alguém como Kacou Philippe poderia:
a) Identificar-se com e como se fosse um profeta ao estilo do A.T.;
b) Ser presumido e satânico em seu orgulho;
c) Desconhecer o papel secundário (Apenas um dos cinco ministérios na igreja.) dos profetas na Nova Aliança. E, evidente: sem a condição de trazer novas revelações (livros considerados inspirados pelo Espírito Santo), como aconteceu nos tempos apostólicos. . ?

KACOU SEGUE O PRECEDENTE PERIGOSO, ABERTO POR MAOMÉ: Visões e Supostas Revelações, além de dizer-se predito nas Sagradas Escrituras. Porém, contraditoriamente, negando-as.

A – KACOU SE DIZ COMISSIONADO POR UM ANJO: “Como os profetas da Bíblia, em Abril de 1993, um homem que nunca tinha estado em uma igreja recebe, em visão, a visitação de um Anjo que lhe comissionou para uma Mensagem destinada a toda terra em cumprimento do ministério de Mateus 25:6 e Apocalipse 12:14.” (http://philippekacou.org/prophete/wiki_pt.html, acessado em 18 de Fevereiro às 18:29.).

B – REFUTAÇÃO: E Por que Kacou Volta A Um Precedente Perigoso???? R - MAOMÉ, o profeta do islamismo, também se disse comissionado por um (Gabriel). E, como resultado, motivou a escritura de um livro (O Alcorão.). O tal livro NEGA A DEIDADE E A OBRA REDENTORA DE JESUS CRISTO. Não bastasse ser o Islamismo a religião que mais perseguiu e matou cristãos na História. Fatos que, nos dias hoje, se repetem. Basta você fazer uma simples pesquisa nas redes sociais sobre a igreja perseguida. KACOU PHILIPPE, assim como Maomé, demoniza àqueles que rejeitam a sua suposta autoridade profética e os seus ensinamentos anti-bíblicos. O tal “Livro do Profeta Kacou Philippe”, assim como Alcorão, compõe-se basicamente de interpretações erradas das Sagradas Escrituras. Sendo que o seu autor, assim como Maomé, também alega que seria (ou conteria o mesmo o livro) uma “uma nova” revelação. Enquanto MAOMÉ se apresentava como o suposto “Selo da Revelação”, engano que as Escrituras (Por ex., CARTA AOS HEBREUS 1:1-4.) desfazem por completo, KACOU arroga a ser o “profeta do nosso tempo”. Todos os falsos profetas têm em comum a ESTUPIDEZ TEOLÓGICA. Enganos teológicos, erros doutrinários e/ou desvios de conduta facilmente detectáveis por quem conhece minimamente as Escrituras Sagradas (Leia-se: Bíblia.). Pelos frutos se conhece as árvores, disse Jesus. E o que dizer de um suposto profeta que nega as Sagradas Escrituras (Leia-se: Bíblia.), ao ponto de um de seus seguidores queimá-las em público? E, contraditoriamente, como também ocorre no Islamismo, este tal ainda apela para a própria Bíblia, dizendo-se ter ministério nela baseado. Maomé se disse estar predito na Bíblia ALCORÃO (Suras 61:6 e 7:157). Já Kacou, alega ter seu “ministério” baseado nela. Ambos, todavia, querem desacreditá-la. Para fazer valer as suas suposições a respeito de si mesmos e para que sejam aceitos como verdade os seus ERROS DOUTRINÁRIOS, DESVIOS DE CONDUTA e INTERPRETAÇÕES ERRÔNEAS.
Faz sentido alguém negar as Sagradas Escrituras, dizendo-se profeta do Deus bíblico? A PRÓPRIA BÍBLIA OS REFUTA, conforme podemos inferir pelos textos a seguir: . .

PALAVRAS DE JESUS (01), Evangelho de João 5:39: “ Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;” - PALAVRAS DE JESUS (02), Evangelho de Lucas 24:25-27: “E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” PALAVRAS DE JESUS (03), Evangelho de Mateus “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” . - SEGUNDA CARTA A TIMÓTEO 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” . - SEGUNDA CARTA DE PEDRO 1:20-21: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” - LIVRO DO PROFETA JEREMIAS 1:11-12: “Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la. Nota (em reflexão): Será que o Deus que vela sobre a Sua Palavra, para fazê-la se cumprir, não seria o primeiro e o mais interessado em preservá-la de deturpações? E, para tanto não agiu soberanamente na História??? Lendo os meus artigos de “ EM DEFESA DA BÍBLIA: A Série”, esta é uma conclusão óbvia. Porém, falsos profetas quererão desacreditá-la ou torcê-la, tentando se impor àqueles que os rejeitam. Casos de Kacou e Maomé. - LIVRO DO APOCALIPSE 14:6: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo.

Nota:
Sendo o Evangelho eterno, somente a estupidez teológica de um falso profeta, para supor que sua mensagem (Jesus Cristo) poderia ser mudada com o tempo. . .

EM SEU LIVRO (Livro do Profeta Philippe) Kacou KACOU DEMONIZA OS CRISTÃOS EM GERAL, citando nomes indiscriminadamente. E por que o faz? Por arrogância!!! .

EXTRAÍDO do “Livro do Profeta Philippe Kacou”, página 10: “9 Esta Mensagem diz que as igrejas protestantes, evangélicas, incluindo as assim chamadas igrejas reveladas ou restauradas, missões e ministérios são a imagem da besta, o catolicismo ela própria uma imagem do islão e recebeu a marca dela, o espírito dela a que eles chamam « espírito santo ». (...) Esta Mensagem diz que um batismo das águas para restituição é necessário para todos os habitantes da terra.” Nota: Como eu disse, todos os falsos profetas têm em comum a ESTUPIDEZ TEOLÓGICA. E o tal Kacou, além de demonizar as igrejas evangélicas, mistura o Catolicismo com o Islamismo. E, pasmem-se! Ele prega todos os habitantes do planeta Terra sejam batizados nas águas. E não se preocupa com o arrependimento e o novo nascimento da verdadeira conversão. Conversão, aliás, que ele nunca teve. Pois se tivesse, ao contrário de ostentar o caráter satânico do orgulho, mostraria o fruto do Espírito Santo: humildade, amor para com os cristãos, etc... 

ENGANO TEOLÓGICO I : PARA KACOU, DEUS JUSTIFICARIA OS ERROS DOS PROFETAS. Porém, As Implicações de Tal Conceito (Anti-bíblico.) São As Piores Possíveis. . EXTRAÍDO do “Livro do Profeta Philippe Kacou”, páginas 264-265: “23 Eu não saberei justificar o que os antigos Profetas apresentaram como comportamento, mas eles são também Infalíveis como Deus. (...) Quando Davi chorava sobre o monte das Oliveiras, era como Profeta. E entre as quinhentas mulheres de Davi, é de Bate-seba que sairá Salomão. E enquanto vários se indignaram com a atitude de Davi, Deus disse: Davi é o Homem de acordo com o Meu Coração. Vocês veem? E tomando Deus como Testemunho, eu nunca tive tal intenção para com uma Irmã, mas devem saber que um Profeta-Mensageiro pode fazer aquilo. E esta Pregação vem selar a compreensão de Profeta. (...) 26 O que o homem chama fraqueza ou pecado do Profeta que Deus enviou, Deus não o vê assim. E de tudo que Deus criou, o Profeta pode agir de uma extremidade a outra: como Deus, como Anjo, como Sacerdote, como simples homem do povo. Ele pode agir no papel de qualquer um dos Ministérios e Cargos da Igreja.”
REFUTAÇÃO: - Deus mandou o profeta Natã repreender a Davi, por causa do seu adultério com Bate-Seba e por eles terem forjado a morte do marido dela (SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL 12:1-9). - Deus, até como consequência dos atos de Davi, permitiria que eles fossem castigados exemplarmente (12:10-12). - Davi reconheceu ter pecado (12:13). - Deus perdoou, em parte a Davi, não lhe tirando a vida. Todavia, não permitiu que o filho daquela relação (adúltera) continuasse vivo, após nascer (12:15-25). - O Espírito Santo levou Davi ao verdadeiro arrependimento, inspirando-o a escrever o Salmo 51. O salmo enfoca a plena consciência do grande pecado que cometera com a mulher de Urias. “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante teus olhos”, ele confessa a Deus.

CONCLUSÃO:
Kacou é tão estúpido, do ponto de vista teológico, que ousa querer contradizer a Davi, sendo este último inspirado pelo Espírito Santo. Além de ignorar a ação de Deus, punindo Davi pelo seu pecado. E pior que tal estupidez são as implicações do conceito (Anti-bíblico.) de Kacou. Tal conceito advoga o mesmo que advoga o Islamismo, com relação a Maomé. Ainda que este tenha trucidado cristãos e judeus na Arábia do seu tempo. No Alcorão (Suras 33:21-23 e 68:4, respectivamente.), o profeta do Islamismo é apresentado como alguém que irá encarar o Juízo Final com a cabeça erguida e um suposto padrão moral para a humanidade. Mesmo tendo cometido as mesmas atrocidades hoje praticadas pelos integrantes do Terror e não se arrependido. Pois se gaba numa das Tradições Islâmicas (Bukhari.) de ter sido feito “vitorioso”, através do Terror. . .

ENGANO TEOLÓGICO II :
KACOU DIZ QUE SE PODE SER SALVO, SEM AS SAGRADAS ESCRITURAS (LEIA-SE: BÍBLIA.). Desde que se creia não nelas, mas, na sua pessoa. E, literalmente, alega: “Sem a Bíblia, vocês podem ser salvo desde que aceitem o profeta da vossa geração!”. .
EXTRAÍDO do “Livro do Profeta Kacou Philippe, página 87: . “21 Quando vocês veem alguém que passa o seu tempo a dizer: «Retornam à Bíblia! Retornam à Bíblia! A Bíblia diz…! A Bíblia diz…!», permanecem tranquilos e observam bem o homem e verão que é um demónio! Aparentemente está bem, mas é o diabo. Retornar à Palavra é diferente de «retornar à Bíblia»! É o mesmo demónio que utilizava esta mulher em At.16. E o teste da Palavra não é confrontar o que alguém está a dizer com a Bíblia! Porque a Bíblia é um livro de história, é do passado e se aquilo vos escandalizar então vocês têm necessidade de serem libertos! É um livro de história que Deus achou útil, não devido à memória dos profetas ou devido a cultura das igrejas, mas devido o seu lado profético! 22 A Bíblia não é e não pode ser o Urim Tumim! Se vocês disserem: «ô Deus, eu amo a Bíblia», e que vocês compram uma tão grossa como uma enciclopédia e o façam de vosso travesseiro ou que a apertam contra o vosso coração então o vosso lugar é na igreja católica! Vocês veem? Acreditam na Bíblia do primeiro ao último versículo, da capa à outra capa, mas sem profeta, aquilo não é nada! Sem a Bíblia, vocês podem ser salvo desde que aceitem o profeta da vossa geração! [Ed: A assembleia diz: «Amém»]. É por isso que ela não pode ser o Urim Tumim! Vocês veem?” .
REFUTAÇÃO:
1 - JESUS veio 1450 anos depois ter sido escrito os primeiros da Bíblia Judaica (A TORÁ) e 400 anos depois do último (LIVRO DO PROFETA MALAQUIAS). Já LIVRO DE JÓ, pelo menos na sua forma (ou retransmissão) oral, é anterior ao PENTATEUCO. E Jesus, bem mais do que Profeta, Sumo-sacerdote e Rei, porque é Deus vindo na forma humana, o que disse em relação aos mesmos? Que devíamos EXAMINAR AS ESCRITURAS (Evangelho de João 5:39). - Ele mesmo abriu o entendimento dos discípulos, para que COMPREENDESSEM AS ESCRITURAS do A.T. (Evangelho de Lucas 24:44-45). - Ele mesmo fez questão de EXPOR AS ESCRITURAS antigas, para que Seus discípulos as conhecessem (Evangelho de Lucas 24:25-27). - Jesus CITOU VÁRIOS LIVROS DO AT. - E fez referência a todos os profetas, escritores ou não, desde o primeiro ao último. - Logo, Ele sendo Deus, NÃO fez o que Kacou Philippe, somente no espírito do engano, acha que poderia.
2 Não estudamos a Bíblia por causa da palavra dos profetas ou de um suposto profeta como Kacou; buscamos nas Escrituras a Palavra de Deus. E a palavra de Deus não muda.
3 Quando Kacou alega que alguém pode ser salvo, desde que o aceitem, ele esta se colocando no lugar de Jesus Cristo, que é Deus. Então, Kacou apenas repete o que fez Satanás: . “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.” (LIVRO DO PROFETA ISAÍAS 14:12-15).

ENGANO TEOLÓGICO III :
KACOU COMETE O DISPARATE DE NEGAR A JESUS E DE QUERER SE COLOCAR COMO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS. E, além disso, a pregação de Kacou se insere naquilo que Jesus denominou o ódio das nações (“Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome”.) contra os líderes cristãos, indiscrimindamente. . EXTRAÍDO do “Livro do Profeta Kacou Philippe, páginas 371 e 496, respectivamente: - “18 Uma pregação que começa por: «a Bíblia diz…» e que não é nada senão: «a Bíblia diz…», é um curso de história. É da história antiga. Não é do cristianismo. Crê que alguém pode ser salvo por fundar a sua fé sobre um profeta que já morreu ou sobre a Bíblia ou o Alcorão, é satanismo. E fazer alguém acreditar que se aceitar Jesus Cristo de Nazaré e acreditar na Bíblia e plantar a sua fé sobre a Bíblia será salvo, é uma fraude! (...) O tribunal penal internacional deveria extraditar estes pastores!” - “10 Quando Deus enviar um mediador aos homens, este mediador será sempre um homem vivo como você e eu. (...) E hoje, ou o homem Kacou Philippe vivendo entre vocês é o teu mediador ou Satanás é o teu mediador. Amém!”
REFUTAÇÃO:
KACOU ALEGA, no seu engano (Biblicamente falando.) diabólico: “Crê que alguém pode ser salvo por fundar a sua fé sobre um profeta que já morreu ou sobre a Bíblia (...), é satanismo.” E, nesse caso, ele leva o leitor induzir que Jesus seria apenas um simples e humano profeta e que estaria morto??? JESUS, PORÉM , DIZ: “ Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (LIVRO DO APOCALIPSE 1:17-18) 2 KACOU ALEGA, no seu engano, ser mediador entre Deus e o homem. PAULO, PORÉM, DIZ inspirado pelo Espírito Santo: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos.” (PRIMEIRA CARTA A TIMÓTEO 2:5-6-a).
KACOU, no seu engano, IGNORA AS PALAVRAS DO FILHO DE DEUS: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (EVANGELHO DE JOÃO 14:6-b)
Nota:
Jesus não disse vai, mas, vem ao Pai. Coisa que humano algum pode dizer, além, do fato que Deus foi à cruz pelos pecadores (LIVRO DE ATOS 20:28) e não um reles e equivocado mortal. . .

O CÚMULO DO ENGANO TEOLÓGICO:
KACOU ALEGA QUE O SEU “MINISTÉRIO” SERIA DIGNO LOUVOR, HONRA E MAJESTADADE. OU SEJA: ADORAÇÃO. . EXTRAÍDO do “Livro do Profera Kacou Philippe”, página “25 Irmãos, o que é hoje o movimento branhamista? Isso não é nada senão o novo ninho de apostasia cristã. E o Clamor da meia-noite que desmascarou isso é digno de receber louvor, honra e majestade para todo o sempre. (...) 26 E Billy Graham e T.L Osborn formam o casal anticristo do protestantismo diante do papa de Roma como Billy Paul Branham e Joseph Branham são os protestantismos diante do branhamista Ewald Frank.” Nota: Clamor da meia-noite é o nome do “ministério” de Kacou Philippe, que ele supõe digno de adoração (Louvor, honra e majestade). . .
REFUTAÇÃO: Diante de uma fala tão arrogante, a que palavras comparar os ditos de Kacou Philippe e à qual personagem bíblico equipará-lo, no mais do necessário discernimento de espíritos? Biblicamente falando, por qual espírito este indivíduo fala, (PRIMEIRA CARTA DE JOÃO 4:1)??? R - LIVRO DO PROFETA ISAÍAS 14:11-15: “Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão. Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.” E QUEM É MESMO DIGNO de receber todo louvor, honra e majestade (Adoração)??? AS ESCRITURAS NOS RESPONDEM: . - “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.” (LIVRO DO APOCALIPSE 5:12-13 3

ÚLTIMAS PALAVRAS: Espero que este seja o meu primeiro e último artigo sobre o falso profeta Kacou Philippe. O meu ministério nas redes é mais voltado para a defesa da fé cristã
dos ataques do Islamismo, reconhecidamente como um desafio maior. Veja a minha bibliografia, ao final. De modo que oro ao Senhor Jesus, para que meu o irmão e irmã em Cristo que tenham lido este artigo se previnam de Kacou e de seus seguidores. Lembrando mais uma vez: muitos destes se apresentam como apóstolos e pastores. E, assim como alguns islâmicos, citam a Bíblia, para, em seguida, torcê-la. Eles (Islâmicos e os seguidores de Kacou.) estão se infiltrando, dissimuladamente, nos grupos cristãos das redes sociais. Pedem para ser adicionados e publicam. E se você curte (sem ler), está dizendo “Amém”. E, consequentemente, tornando-se participante de seus enganos e atraindo maldição sobre si (SEGUNDA CARTA DE JOÃO 9-110). Se você é membro de uma comunidade cristã indique este artigo ao seu pastor ou líder. E se és líder ou pastor, não deixe de exercer o devido cuidado de suas ovelhas. A internet tornou-se um campo fértil para “achismos” e todo vento de doutrina estranha. Tratei apenas resumidamente sobre o sem número de enganos teológicos, erros doutrinários e desvios de conduta de Kacou e seus seguidores. Se fôssemos tratar de um por um, daria para escrever um livro certamente volumoso. Mas creio ter apontado o suficiente, para se discernir o espírito de engano, agente de doutrinas de demônios operante nos tais (PRIMEIRA CARTA A TIMÓTEO 4:10). E como diria Paulo (CARTA A TITO 1:11), “é preciso fazê-los calar”; para que, a exemplo dos falso profetas de Creta, não nos transtornem casas (famílias) ou comunidades inteiras. Que o Senhor Jesus nos conceda sempre o Seu discernimento e graça para agirmos, por amor da verdade e em Seu santo nome.

http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2016/11/em-defesa-da-biblia-serie.html

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Santa Ceia - Estudo Sobre a Ceia do Senhor

A Santa Ceia ou Ceia do Senhor, é um ato que todos os cristãos conhecem bem, porém nem todos param para pensar em seu significado, ou até mesmo, alguns não sabem de fato o que é a Santa Ceia.

Neste estudo bíblico, conheceremos os pontos principais acerca da Ceia do Senhor, um dos sacramentos deixados por Cristo.

O que é Santa Ceia ou Ceia do Senhor?

Santa Ceia ou Ceia do Senhor, é uma das ordenanças (ou sacramentos) propostos pelo próprio Jesus, e é observada por quase todas as denominações cristãs (digo “quase” porque existem grupos que não a praticam).

Qual o nome correto: Santa Ceia ou Ceia do Senhor?

Muitas pessoas discutem sobre a forma correta de se referir a esta ordenança do Senhor Jesus. Geralmente esta discussão está relacionada a seguinte pergunta: É correto usarmos o termo “Santa Ceia”?

Para responder esta pergunta, precisamos entender que a palavra “santo” traduz os termos hebraicos Kadosh e hasid, e o termo grego hagios, e no contexto bíblico significa “separado” ou “consagrado a Deus”.

Embora muita gente relacione a palavra “santo” com idolatria, biblicamente esta não é a sua verdadeira interpretação. Quem discorda do termo “Santa Ceia” geralmente utiliza este argumento tentando supor que, ao se referir a “Ceia do Senhor” pelo nome “Santa Ceia“, uma idolatria está sendo praticada.

Na Bíblia, a expressão utilizada é “Ceia“, “Ceia do Senhor” ou “Partir do Pão“, e é verdade que o termo “Santa Ceia” não é encontrado no texto bíblico, porém conforme podemos notar, o real significado da palavra “santo” em nada contradiz o que é proposto pela Bíblia.

Outros nomes também são utilizados como: Santa Comunhão ou Eucaristia. Nas Igrejas Reformadas o termo mais utilizado é Santa Ceia, Ceia ou Ceia do Senhor.

A Santa Ceia na Bíblia: Qual a Origem da Santa Ceia?

A Bíblia nos mostra claramente a origem da Santa Ceia, e isso encontramos nos Evangelhos de Mateus (26:26-29), Marcos (14:22-25) e Lucas (22:14-20), e também vemos sua prática posterior em Atos (2:42; 20:7) e 1 Coríntios (10:16; 11:23).

Jesus instituiu a Santa Ceia na noite em que foi traído:

E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste. E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. (Mateus 26:25-28)

Qual o significado da Santa Ceia?

A Santa Ceia é a recordação do sacrifício de Cristo, onde Jesus deu a sua própria vida por nós para que possamos alcançar a vida eterna. Participar da Santa Ceia é lembrar-se do Amor indescritível de Jesus por nós.

A Santa Ceia também deve ser um momento especial de comunhão da Igreja, onde fica evidente nossa participação como membros do corpo de Cristo, e manutenção do crescimento espiritual de cada cristão.

Muitas pessoas interpretam a Ceia do Senhor de forma errada, e defendem que a cada realização da Santa Ceia o sacrifício é repetido. Esta ideia não encontra base bíblica, e o correto biblicamente é interpretarmos a Santa Ceia como uma recordação do sacrifício e não como a repetição dele.

Sobre essa questão, vale a pena ressaltar que não é necessário nenhum novo sacrifício, pois o sacrifício de Jesus, uma vez realizado, é suficiente para o perdão dos pecados, e não é limitado pelo tempo, não necessitando de repetição ou de complementos.

Os elementos da Santa Ceia:

Jesus apresentou os elementos que simbolizariam o seu sacrifício, sendo que, o pão simboliza seu corpo partido, e o cálice simboliza seu sangue derramado como nova aliança.

Uma interpretação errada sobre estes elementos é feita na doutrina chamada de transubstanciação. Na interpretação da transubstanciação (seguida pela Igreja Católica), o pão e o vinho se tornam literalmente o corpo e o sangue de Cristo.

A Igreja Reformada não aceita essa interpretação, pois não existe base bíblica para defendê-la. Desta forma a pão continua sendo pão, o vinho continua sendo vinho, porém simbolicamente representam o corpo e o sangue de Cristo, e ao participar deste ato, pela fé estamos participando da comunhão em Jesus.

Suco de uva ou vinho? Pão asmo ou com fermento?

Começando pelo cálice, algumas pessoas acreditam que é um erro utilizar suco de uva na Santa Ceia, enquanto outras acreditam ser um erro a utilização do vinho. Ao lermos o texto bíblico poderemos ter uma resposta mais esclarecida sobre o assunto.

Tanto nos Evangelho de Mateus como no de Marcos e Lucas, Jesus se refere primeiramente ao cálice, sem discriminar seu conteúdo. Nos versículos seguintes é revelado então o que continha dentro cálice. Vamos utilizar o texto de Lucas como exemplo:

Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus. (Lucas 22:18)

Note que o texto não específica se era suco de uva ou vinho, apenas diz que era o “fruto da vide“, e claro, nós sabemos que o fruto da videira é a uva.

Logo, é bem difícil determinar se o que foi utilizado por Jesus era o suco fermentado ou não. Alguns interpretes, considerando os aspectos da cultura da época de Jesus , afirmam que se tratava de vinho fermentado, o que parece estar de acordo com o texto do Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11, onde ele descreve um problema que estava acontecendo naquela igreja a qual as pessoas se embriagavam, provavelmente, com o vinho da Ceia.

Outros interpretes acreditam que por se tratar do período da Páscoa, qualquer fermentação era proibida. Assim, defendem que o elemento utilizado foi o suco de uva.

É certo que a palavra grega utilizada para descrever tanto o vinho quanto o suco de uva é a mesma (oinos), e isto torna a interpretação ainda mais difícil.

O importante é que o suco de uva também é o “fruto da vide”, e diferente do vinho, ele apenas não passa pelo processo de fermentação. Esse processo com certeza não acrescenta importância alguma na finalidade da Ceia do Senhor, e se esse fosse o caso, a Bíblia teria descrito a sua importância. Sendo assim, tanto o suco de uva quanto o vinho podem ser utilizados.

A mesma discussão acontece acerca do pão, com a diferença de que certamente o que foi utilizado por Jesus era o pão asmo (ou ázimo). Essa certeza se dá pelo fato de Jesus estar no momento da Última Ceia em uma refeição pascal, portanto, podemos afirmar que o pão era asmo, da mesma forma que ali também tinha o cordeiro e as ervas amargas.

Responder as questões acerca do que deve ser utilizado, se pão fermentado ou asmo, se vinho ou suco de uva sem fermentação, gera constantemente um problema maior do que a discussão em si: o desentendimento e até mesmo o preconceito entre os cristãos.

Existem casos em que membros de uma determinada igreja onde o pão é com fermento, ao frequentar outra igreja em que era servido o pão sem fermento, foram proibidos de participarem da Santa Ceia e praticamente expostos como profanadores da Ceia do Senhor. O mesmo também acontece com o vinho e o suco de uva.

Quem defende a ideia de ser pão asmo e suco sem fermentação, geralmente relaciona a interpretação bíblica, principalmente do Antigo Testamento (mas também presente no Novo Testamento), de que o fermento é o símbolo do pecado.

É verdade que o fermento nas Escrituras quase sempre representa o pecado. Digo “quase”, porque há situações onde o fermento possui outro significado dependendo do contexto, como por exemplo, na Parábola do Fermento. Também entendo que essa questão em nada tem a ver com a Ceia do Senhor, pois não existe nenhuma especificação sobre as características dos elementos que deveriam ser utilizados na Santa Ceia.

Também devemos considerar que não estamos comemorando a Páscoa, e sim a Ceia do Senhor. Se fosse para ser uma repetição dos elementos pascais, então precisaríamos incluir o cordeiro, as ervas amargas, um só cálice, um só pão (para igrejas com grande quantidade de membros isso seria bem complicado) e ainda recitar os salmos pertinentes.

Em alguns casos, já tive notícia de uma “ordem” em uma determinada igreja, em que até mesmo os padeiros que preparariam o pão precisariam ser designados por Deus, e deveriam passar por um período de consagração para que pudessem ser dignos de preparar o pão.

São estas e outras coisas que acabam sendo muito mais graves do que a discussão do tipo de pão e vinho, e acabam criando nestes casos, um tipo de idolatria tão grave quanto a transubstanciação, desviando o foco do que realmente é sagrado.

Devemos lembrar do que Paulo tratou na igreja de Corinto. Sabemos que ele era um profundo conhecedor das escrituras e das tradições judaicas, como também do propósito do Evangelho de Cristo. Com todo esse conhecimento, ele não se apegou em discutir se o suco de uva era fermentado ou não (notoriamente era fermentado), e nem mesmo o tipo de pão que deveria ser utilizado, mas concentrou-se em repreender o falso entendimento sobre o ato tão importante que é a Ceia do Senhor.

Quando o apóstolo exortou sobre o fermento presente naquela igreja, não se tratava do fermento do pão ou do suco de uva, mas o fermento do pecado que comprometia a pregação do Evangelho.

Particularmente não defendo e nem condeno nenhuma das interpretações, pois reconheço que não há uma especificação clara na Bíblia quando a isto, entretanto admito que é interessante o uso do pão asmo e do suco de uva, não que isso acrescente algum tipo de “aditivo sagrado” na Santa Ceia.

Quem deve servir a Santa Ceia?

Não existe uma limitação ou exclusividade sobre quem deve servir a Santa Ceia na Igreja. Geralmente são os diáconos que servem, e em alguns casos os presbíteros e cooperadores.

O importante aqui é deixar claro que não é o cargo ministerial que torna alguém mais digno ou menos digno de servir a Ceia do Senhor. Digo isto porque já houve casos em que pastores se recusaram de participar da Ceia por terem sido servidos por diáconos, e exigiram que fossem servidos por um presbítero ou por outro pastor.

Acho que sobre uma atitude infeliz dessa não precisamos nem comentar aqui. O que falta para os que agem dessa maneira é descobrir o significa da comunhão no corpo de Cristo, isso para não dizer que lhes falta a regeneração.

Quem pode participar da Santa Ceia? Só quem é batizado?

Sobre esse assunto existem duas escolas de interpretação, sendo que uns defendem que apenas os batizados podem participar da Santa Ceia, enquanto outros defendem que qualquer pessoa pode participar.

Os que defendem que qualquer pessoa pode participar, argumentam que na Bíblia não existe a recomendação de que a pessoa precisa ser batizada para participar da Santa Ceia, e que pessoas que não são batizadas, e até não convertidas, devem participar da Ceia do Senhor porque este ato pode ser acolhedor e evangelístico, sendo que a participação física não garante a alimentação espiritual, ou seja, estas pessoas não estariam tomando indignamente simplesmente porque elas não conhecem o significado da Ceia.

Já os que defendem que a pessoa precisa ser batizada, se apoiam em uma lógica da pregação do Evangelho. É verdade que não existe na Bíblia a frase “só participa da Ceia do Senhor quem for batizado“, porém na Bíblia existem várias verdades, ensinamentos e ordenanças que estão implícitos, não ocultos, mas implícitos em um ensinamento mais amplo.

Para explicar isso melhor, basta entender que não existem recomendações explicitas na Bíblia sobre tudo o que “pode” e o que “não pode”, e sim o ensinamento de um padrão a ser seguido, onde estas recomendações são encontradas também de forma implícita, e são tão legitimas quanto aquilo que está explicito.

Em relação à Santa Ceia o princípio é o mesmo. Podemos perceber nas Escrituras uma sequência de acontecimentos onde, primeiramente a pessoa precisa crer em Jesus, ser batizada e consequentemente ser instruída nos mandamentos da Palavra de Deus (Mt 28:19).

Essa sequência fica bem evidente em Atos 2. No versículo 38 vemos a pregação do apóstolo Pedro onde é descrita a sequencia da conversão de um cristão. Primeiramente ele se arrepende, crê em Jesus e então é batizado. Naquele dia quase três mil pessoas aceitaram o Evangelho e foram batizados.

Já no versículo 42, vemos o resultado dessa sequencia quando temos notícias do que aconteceu com essas pessoas: “perseveraram na doutrina dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão às orações“.

Devemos observar também que naquela época acontecia algo que é muito raro hoje em dia. As pessoas que criam em Jesus logo na sequência eram batizadas, como sendo uma sequência praticamente indivisível, ou seja, não existia a possibilidade das pessoas crerem em Jesus e ainda ficarem um tempo “pensando” se realmente é isso que querem.

Desta maneira, fica muito claro que a Ceia do Senhor é reservada para a comunhão dos que estão em Cristo e formam seu corpo.

A Santa Ceia não é apenas um ritual litúrgico, mas um ato de discernimento e de muito significado, se não houver significado não é a Santa Ceia. Sendo assim, só quem está apto a participar é quem consegue discernir este significado, fora isso seria apenas mais uma refeição.

Um dia um homem estava passando na porta de uma igreja e foi convidado a se batizar. Era um dia quente de verão e ele prontamente aceitou. Após ser batizado ele agradeceu a gentileza, pois agora ele estava muito mais “refrescante”. Acho que isso explica tudo, certo?

De quanto em quanto tempo a Santa Ceia deve ser servida na Igreja?

Na Bíblia não existe uma regra para isso, portanto não existe certo e errado. Cada igreja tem sua própria organização quanto a periodicidade em que a Santa Ceia é servida. Enquanto umas realizam apenas uma vez por ano, outras realizam em todos os cultos.

A maioria das igrejas servem a Santa Ceia uma vez por mês. O mais importante de tudo isso é que todos tenham a oportunidade de participar. Portanto, se por algum motivo, como trabalho por exemplo, alguém não participar no dia específico, para este, a Santa Ceia deve ser servida posteriormente.

Quando não devo tomar a Santa Ceia? O que é participar indignamente?

Essa pergunta é um pouco difícil de responder por que cada um deve examinar a si mesmo. Paulo exorta a igreja de Corinto a não participar da Ceia do Senhor indignamente. Muitas pessoas interpretam este texto como sendo uma exortação a respeito de pecados ocasionais, mas na verdade a exortação de Paulo é em relação à perda de significado da Santa Ceia.

Portanto, participar da Ceia do Senhor esquecendo-se do seu real significado (a recordação do sacrifício de Cristo) é participar para a própria condenação, banalizando a comunhão com o Senhor.

O problema de encarar essa exortação de Paulo como sendo acerca de um “pecado não confessado”, por exemplo, é entender que esse pecado afasta a pessoa apenas da participação da Santa Ceia, quando na verdade o pecado age de uma forma muita mais perigosa, ou seja, ele afasta o homem da comunhão com Deus.

Consequentemente ao pecar e não reconhecer este pecado, a pessoa acaba não percebendo o significado da Ceia do Senhor, e claro, participando indignamente.

Nós sabemos que pecamos a todo instante, mas ao confessarmos os nossos pecados e pedirmos perdão, Deus nos alcança com misericórdia. Porém, em alguns casos, é necessária uma correção (sim, disciplina é bíblico). Tal correção tem o objetivo principal de recuperar a pessoa, proporcionando um tempo de reflexão, além de também servir de exemplo para que outros que tiveram conhecimento do ocorrido, saibam qual é a conduta que Deus espera dos seus filhos, encorajando-os assim a não repetirem este erro, e deixando claro que o corpo de Cristo não concorda com tal comportamento.

Existem disciplinas em que durante o período a pessoa não participa da Santa Ceia, enquanto que em outras a pessoa continua participando, porém é afastada de suas funções desempenhadas na igreja. O importante é não haver abuso em relação a isto, e muito menos expor alguém ao ridículo (o que acontece muito), pois ao invés de restaurar a pessoa esse tipo de atitude acaba piorando seu estado.

Se a disciplina for empregada corretamente, pode ser evitado outro caso lamentável, que é o de pessoas que não aceitam a correção e acabam mudando de igreja. Se a disciplina for justa de acordo com os padrões bíblicos, e mesmo assim a pessoa não aceitar a correção e acabar se transferindo de igreja, pode ter certeza que o problema dessa pessoa não é em relação à comunidade local a qual ela foi disciplinada, e sim ao corpo de Cristo.

Para os que não conseguem encontrar bases bíblicas para o ato da disciplina, certamente estes textos podem ajudar: Mateus 18:15-17, 1 Coríntios 5, 1 Timóteo 5:19-21, Hebreus 12.

Se a pessoa deve ou não ser afastada da participação da Santa Ceia no período de disciplina, isso é uma questão que cabe ao Pastor responsável responder, claro, em um aconselhamento particular para a própria pessoa que será corrigida.

Criança pode participar da Santa Ceia?

Esta pergunta também pode ser respondida com o mesmo texto de 1 Coríntios 11. A pessoa precisa realizar um alto exame. Sendo assim, não é possível que a criança consiga realizar tal exame, e compreenda da forma correta o significado da Santa Ceia.

Quanto aos pais, muitos acabam deixando os filhos de fora do momento da Santa Ceia, e isso não é o ideal. O correto é que os filhos estejam presentes e sejam ensinados gradativamente conforme vão adquirindo “entendimento”. Os pais devem instruir os filhos sobre o significado deste momento, para que tão logo também participem.

Posso tomar a Santa Ceia em casa?

Em algumas situações é permitido sim, sendo que estas situações são as mais variadas. Em casos de enfermidades ou de idosos, por exemplo, que não conseguem ir até o local onde a igreja de reúne, a Ceia é servida em suas casas ou hospitais. Também tem aqueles que passam longos períodos trabalhando em um lugar (país, cidade) em que não possuem a possibilidade de estar com os demais irmãos para juntos participarem deste momento.

Porém, muita gente acaba realizando a sua própria Santa Ceia em casa alegando uma espécie de “santificação”, “ato profético” ou simplesmente por se sentir no direito de estabelecer o seu próprio “momento” da Ceia do Senhor (geralmente esse tipo de afirmação vem acompanhada de críticas às igrejas e outras coisas mais).

Nesse sentido, não existe base bíblica que defenda tal atitude. A verdadeira essência da Ceia do Senhor é a comunhão entre o corpo de Cristo, reunido para lembrando a obra redentora de Jesus na cruz. Participar da Ceia com uma intenção individualista é repetir os erros da igreja de Corinto, e acabar participando indignamente.

A Santa Ceia e a Páscoa:

Claramente podemos traçar um paralelo entre a Ceia do Senhor e a Páscoa, porém não devemos cometer o erro de confundir a Santa Ceia com a Páscoa judaica.

O paralelo que podemos estabelecer é principalmente pelo fato de que Cristo é a nossa Páscoa, e foi sacrificado por nós (1Co 5:7), sendo o verdadeiro Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo através do seu corpo partido e seu sangue derramado, oferecido para a redenção do seu povo.

A nova aliança entre Cristo e a igreja foi evidenciada na Última Ceia antes da morte de Jesus, enfatizando a comunhão que aquele ato significaria para a igreja do Senhor.

Enquanto os judeus comemoram a Páscoa esperando um novo livramento como o Êxodo, nós nos lembramos do sacrifício salvador de Cristo que nos livra do pecado, e comemoramos o fato de que em breve Ele voltará, e juntos cearemos com Ele.