quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Santa Ceia - Estudo Sobre a Ceia do Senhor

A Santa Ceia ou Ceia do Senhor, é um ato que todos os cristãos conhecem bem, porém nem todos param para pensar em seu significado, ou até mesmo, alguns não sabem de fato o que é a Santa Ceia.

Neste estudo bíblico, conheceremos os pontos principais acerca da Ceia do Senhor, um dos sacramentos deixados por Cristo.

O que é Santa Ceia ou Ceia do Senhor?

Santa Ceia ou Ceia do Senhor, é uma das ordenanças (ou sacramentos) propostos pelo próprio Jesus, e é observada por quase todas as denominações cristãs (digo “quase” porque existem grupos que não a praticam).

Qual o nome correto: Santa Ceia ou Ceia do Senhor?

Muitas pessoas discutem sobre a forma correta de se referir a esta ordenança do Senhor Jesus. Geralmente esta discussão está relacionada a seguinte pergunta: É correto usarmos o termo “Santa Ceia”?

Para responder esta pergunta, precisamos entender que a palavra “santo” traduz os termos hebraicos Kadosh e hasid, e o termo grego hagios, e no contexto bíblico significa “separado” ou “consagrado a Deus”.

Embora muita gente relacione a palavra “santo” com idolatria, biblicamente esta não é a sua verdadeira interpretação. Quem discorda do termo “Santa Ceia” geralmente utiliza este argumento tentando supor que, ao se referir a “Ceia do Senhor” pelo nome “Santa Ceia“, uma idolatria está sendo praticada.

Na Bíblia, a expressão utilizada é “Ceia“, “Ceia do Senhor” ou “Partir do Pão“, e é verdade que o termo “Santa Ceia” não é encontrado no texto bíblico, porém conforme podemos notar, o real significado da palavra “santo” em nada contradiz o que é proposto pela Bíblia.

Outros nomes também são utilizados como: Santa Comunhão ou Eucaristia. Nas Igrejas Reformadas o termo mais utilizado é Santa Ceia, Ceia ou Ceia do Senhor.

A Santa Ceia na Bíblia: Qual a Origem da Santa Ceia?

A Bíblia nos mostra claramente a origem da Santa Ceia, e isso encontramos nos Evangelhos de Mateus (26:26-29), Marcos (14:22-25) e Lucas (22:14-20), e também vemos sua prática posterior em Atos (2:42; 20:7) e 1 Coríntios (10:16; 11:23).

Jesus instituiu a Santa Ceia na noite em que foi traído:

E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste. E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. (Mateus 26:25-28)

Qual o significado da Santa Ceia?

A Santa Ceia é a recordação do sacrifício de Cristo, onde Jesus deu a sua própria vida por nós para que possamos alcançar a vida eterna. Participar da Santa Ceia é lembrar-se do Amor indescritível de Jesus por nós.

A Santa Ceia também deve ser um momento especial de comunhão da Igreja, onde fica evidente nossa participação como membros do corpo de Cristo, e manutenção do crescimento espiritual de cada cristão.

Muitas pessoas interpretam a Ceia do Senhor de forma errada, e defendem que a cada realização da Santa Ceia o sacrifício é repetido. Esta ideia não encontra base bíblica, e o correto biblicamente é interpretarmos a Santa Ceia como uma recordação do sacrifício e não como a repetição dele.

Sobre essa questão, vale a pena ressaltar que não é necessário nenhum novo sacrifício, pois o sacrifício de Jesus, uma vez realizado, é suficiente para o perdão dos pecados, e não é limitado pelo tempo, não necessitando de repetição ou de complementos.

Os elementos da Santa Ceia:

Jesus apresentou os elementos que simbolizariam o seu sacrifício, sendo que, o pão simboliza seu corpo partido, e o cálice simboliza seu sangue derramado como nova aliança.

Uma interpretação errada sobre estes elementos é feita na doutrina chamada de transubstanciação. Na interpretação da transubstanciação (seguida pela Igreja Católica), o pão e o vinho se tornam literalmente o corpo e o sangue de Cristo.

A Igreja Reformada não aceita essa interpretação, pois não existe base bíblica para defendê-la. Desta forma a pão continua sendo pão, o vinho continua sendo vinho, porém simbolicamente representam o corpo e o sangue de Cristo, e ao participar deste ato, pela fé estamos participando da comunhão em Jesus.

Suco de uva ou vinho? Pão asmo ou com fermento?

Começando pelo cálice, algumas pessoas acreditam que é um erro utilizar suco de uva na Santa Ceia, enquanto outras acreditam ser um erro a utilização do vinho. Ao lermos o texto bíblico poderemos ter uma resposta mais esclarecida sobre o assunto.

Tanto nos Evangelho de Mateus como no de Marcos e Lucas, Jesus se refere primeiramente ao cálice, sem discriminar seu conteúdo. Nos versículos seguintes é revelado então o que continha dentro cálice. Vamos utilizar o texto de Lucas como exemplo:

Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus. (Lucas 22:18)

Note que o texto não específica se era suco de uva ou vinho, apenas diz que era o “fruto da vide“, e claro, nós sabemos que o fruto da videira é a uva.

Logo, é bem difícil determinar se o que foi utilizado por Jesus era o suco fermentado ou não. Alguns interpretes, considerando os aspectos da cultura da época de Jesus , afirmam que se tratava de vinho fermentado, o que parece estar de acordo com o texto do Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11, onde ele descreve um problema que estava acontecendo naquela igreja a qual as pessoas se embriagavam, provavelmente, com o vinho da Ceia.

Outros interpretes acreditam que por se tratar do período da Páscoa, qualquer fermentação era proibida. Assim, defendem que o elemento utilizado foi o suco de uva.

É certo que a palavra grega utilizada para descrever tanto o vinho quanto o suco de uva é a mesma (oinos), e isto torna a interpretação ainda mais difícil.

O importante é que o suco de uva também é o “fruto da vide”, e diferente do vinho, ele apenas não passa pelo processo de fermentação. Esse processo com certeza não acrescenta importância alguma na finalidade da Ceia do Senhor, e se esse fosse o caso, a Bíblia teria descrito a sua importância. Sendo assim, tanto o suco de uva quanto o vinho podem ser utilizados.

A mesma discussão acontece acerca do pão, com a diferença de que certamente o que foi utilizado por Jesus era o pão asmo (ou ázimo). Essa certeza se dá pelo fato de Jesus estar no momento da Última Ceia em uma refeição pascal, portanto, podemos afirmar que o pão era asmo, da mesma forma que ali também tinha o cordeiro e as ervas amargas.

Responder as questões acerca do que deve ser utilizado, se pão fermentado ou asmo, se vinho ou suco de uva sem fermentação, gera constantemente um problema maior do que a discussão em si: o desentendimento e até mesmo o preconceito entre os cristãos.

Existem casos em que membros de uma determinada igreja onde o pão é com fermento, ao frequentar outra igreja em que era servido o pão sem fermento, foram proibidos de participarem da Santa Ceia e praticamente expostos como profanadores da Ceia do Senhor. O mesmo também acontece com o vinho e o suco de uva.

Quem defende a ideia de ser pão asmo e suco sem fermentação, geralmente relaciona a interpretação bíblica, principalmente do Antigo Testamento (mas também presente no Novo Testamento), de que o fermento é o símbolo do pecado.

É verdade que o fermento nas Escrituras quase sempre representa o pecado. Digo “quase”, porque há situações onde o fermento possui outro significado dependendo do contexto, como por exemplo, na Parábola do Fermento. Também entendo que essa questão em nada tem a ver com a Ceia do Senhor, pois não existe nenhuma especificação sobre as características dos elementos que deveriam ser utilizados na Santa Ceia.

Também devemos considerar que não estamos comemorando a Páscoa, e sim a Ceia do Senhor. Se fosse para ser uma repetição dos elementos pascais, então precisaríamos incluir o cordeiro, as ervas amargas, um só cálice, um só pão (para igrejas com grande quantidade de membros isso seria bem complicado) e ainda recitar os salmos pertinentes.

Em alguns casos, já tive notícia de uma “ordem” em uma determinada igreja, em que até mesmo os padeiros que preparariam o pão precisariam ser designados por Deus, e deveriam passar por um período de consagração para que pudessem ser dignos de preparar o pão.

São estas e outras coisas que acabam sendo muito mais graves do que a discussão do tipo de pão e vinho, e acabam criando nestes casos, um tipo de idolatria tão grave quanto a transubstanciação, desviando o foco do que realmente é sagrado.

Devemos lembrar do que Paulo tratou na igreja de Corinto. Sabemos que ele era um profundo conhecedor das escrituras e das tradições judaicas, como também do propósito do Evangelho de Cristo. Com todo esse conhecimento, ele não se apegou em discutir se o suco de uva era fermentado ou não (notoriamente era fermentado), e nem mesmo o tipo de pão que deveria ser utilizado, mas concentrou-se em repreender o falso entendimento sobre o ato tão importante que é a Ceia do Senhor.

Quando o apóstolo exortou sobre o fermento presente naquela igreja, não se tratava do fermento do pão ou do suco de uva, mas o fermento do pecado que comprometia a pregação do Evangelho.

Particularmente não defendo e nem condeno nenhuma das interpretações, pois reconheço que não há uma especificação clara na Bíblia quando a isto, entretanto admito que é interessante o uso do pão asmo e do suco de uva, não que isso acrescente algum tipo de “aditivo sagrado” na Santa Ceia.

Quem deve servir a Santa Ceia?

Não existe uma limitação ou exclusividade sobre quem deve servir a Santa Ceia na Igreja. Geralmente são os diáconos que servem, e em alguns casos os presbíteros e cooperadores.

O importante aqui é deixar claro que não é o cargo ministerial que torna alguém mais digno ou menos digno de servir a Ceia do Senhor. Digo isto porque já houve casos em que pastores se recusaram de participar da Ceia por terem sido servidos por diáconos, e exigiram que fossem servidos por um presbítero ou por outro pastor.

Acho que sobre uma atitude infeliz dessa não precisamos nem comentar aqui. O que falta para os que agem dessa maneira é descobrir o significa da comunhão no corpo de Cristo, isso para não dizer que lhes falta a regeneração.

Quem pode participar da Santa Ceia? Só quem é batizado?

Sobre esse assunto existem duas escolas de interpretação, sendo que uns defendem que apenas os batizados podem participar da Santa Ceia, enquanto outros defendem que qualquer pessoa pode participar.

Os que defendem que qualquer pessoa pode participar, argumentam que na Bíblia não existe a recomendação de que a pessoa precisa ser batizada para participar da Santa Ceia, e que pessoas que não são batizadas, e até não convertidas, devem participar da Ceia do Senhor porque este ato pode ser acolhedor e evangelístico, sendo que a participação física não garante a alimentação espiritual, ou seja, estas pessoas não estariam tomando indignamente simplesmente porque elas não conhecem o significado da Ceia.

Já os que defendem que a pessoa precisa ser batizada, se apoiam em uma lógica da pregação do Evangelho. É verdade que não existe na Bíblia a frase “só participa da Ceia do Senhor quem for batizado“, porém na Bíblia existem várias verdades, ensinamentos e ordenanças que estão implícitos, não ocultos, mas implícitos em um ensinamento mais amplo.

Para explicar isso melhor, basta entender que não existem recomendações explicitas na Bíblia sobre tudo o que “pode” e o que “não pode”, e sim o ensinamento de um padrão a ser seguido, onde estas recomendações são encontradas também de forma implícita, e são tão legitimas quanto aquilo que está explicito.

Em relação à Santa Ceia o princípio é o mesmo. Podemos perceber nas Escrituras uma sequência de acontecimentos onde, primeiramente a pessoa precisa crer em Jesus, ser batizada e consequentemente ser instruída nos mandamentos da Palavra de Deus (Mt 28:19).

Essa sequência fica bem evidente em Atos 2. No versículo 38 vemos a pregação do apóstolo Pedro onde é descrita a sequencia da conversão de um cristão. Primeiramente ele se arrepende, crê em Jesus e então é batizado. Naquele dia quase três mil pessoas aceitaram o Evangelho e foram batizados.

Já no versículo 42, vemos o resultado dessa sequencia quando temos notícias do que aconteceu com essas pessoas: “perseveraram na doutrina dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão às orações“.

Devemos observar também que naquela época acontecia algo que é muito raro hoje em dia. As pessoas que criam em Jesus logo na sequência eram batizadas, como sendo uma sequência praticamente indivisível, ou seja, não existia a possibilidade das pessoas crerem em Jesus e ainda ficarem um tempo “pensando” se realmente é isso que querem.

Desta maneira, fica muito claro que a Ceia do Senhor é reservada para a comunhão dos que estão em Cristo e formam seu corpo.

A Santa Ceia não é apenas um ritual litúrgico, mas um ato de discernimento e de muito significado, se não houver significado não é a Santa Ceia. Sendo assim, só quem está apto a participar é quem consegue discernir este significado, fora isso seria apenas mais uma refeição.

Um dia um homem estava passando na porta de uma igreja e foi convidado a se batizar. Era um dia quente de verão e ele prontamente aceitou. Após ser batizado ele agradeceu a gentileza, pois agora ele estava muito mais “refrescante”. Acho que isso explica tudo, certo?

De quanto em quanto tempo a Santa Ceia deve ser servida na Igreja?

Na Bíblia não existe uma regra para isso, portanto não existe certo e errado. Cada igreja tem sua própria organização quanto a periodicidade em que a Santa Ceia é servida. Enquanto umas realizam apenas uma vez por ano, outras realizam em todos os cultos.

A maioria das igrejas servem a Santa Ceia uma vez por mês. O mais importante de tudo isso é que todos tenham a oportunidade de participar. Portanto, se por algum motivo, como trabalho por exemplo, alguém não participar no dia específico, para este, a Santa Ceia deve ser servida posteriormente.

Quando não devo tomar a Santa Ceia? O que é participar indignamente?

Essa pergunta é um pouco difícil de responder por que cada um deve examinar a si mesmo. Paulo exorta a igreja de Corinto a não participar da Ceia do Senhor indignamente. Muitas pessoas interpretam este texto como sendo uma exortação a respeito de pecados ocasionais, mas na verdade a exortação de Paulo é em relação à perda de significado da Santa Ceia.

Portanto, participar da Ceia do Senhor esquecendo-se do seu real significado (a recordação do sacrifício de Cristo) é participar para a própria condenação, banalizando a comunhão com o Senhor.

O problema de encarar essa exortação de Paulo como sendo acerca de um “pecado não confessado”, por exemplo, é entender que esse pecado afasta a pessoa apenas da participação da Santa Ceia, quando na verdade o pecado age de uma forma muita mais perigosa, ou seja, ele afasta o homem da comunhão com Deus.

Consequentemente ao pecar e não reconhecer este pecado, a pessoa acaba não percebendo o significado da Ceia do Senhor, e claro, participando indignamente.

Nós sabemos que pecamos a todo instante, mas ao confessarmos os nossos pecados e pedirmos perdão, Deus nos alcança com misericórdia. Porém, em alguns casos, é necessária uma correção (sim, disciplina é bíblico). Tal correção tem o objetivo principal de recuperar a pessoa, proporcionando um tempo de reflexão, além de também servir de exemplo para que outros que tiveram conhecimento do ocorrido, saibam qual é a conduta que Deus espera dos seus filhos, encorajando-os assim a não repetirem este erro, e deixando claro que o corpo de Cristo não concorda com tal comportamento.

Existem disciplinas em que durante o período a pessoa não participa da Santa Ceia, enquanto que em outras a pessoa continua participando, porém é afastada de suas funções desempenhadas na igreja. O importante é não haver abuso em relação a isto, e muito menos expor alguém ao ridículo (o que acontece muito), pois ao invés de restaurar a pessoa esse tipo de atitude acaba piorando seu estado.

Se a disciplina for empregada corretamente, pode ser evitado outro caso lamentável, que é o de pessoas que não aceitam a correção e acabam mudando de igreja. Se a disciplina for justa de acordo com os padrões bíblicos, e mesmo assim a pessoa não aceitar a correção e acabar se transferindo de igreja, pode ter certeza que o problema dessa pessoa não é em relação à comunidade local a qual ela foi disciplinada, e sim ao corpo de Cristo.

Para os que não conseguem encontrar bases bíblicas para o ato da disciplina, certamente estes textos podem ajudar: Mateus 18:15-17, 1 Coríntios 5, 1 Timóteo 5:19-21, Hebreus 12.

Se a pessoa deve ou não ser afastada da participação da Santa Ceia no período de disciplina, isso é uma questão que cabe ao Pastor responsável responder, claro, em um aconselhamento particular para a própria pessoa que será corrigida.

Criança pode participar da Santa Ceia?

Esta pergunta também pode ser respondida com o mesmo texto de 1 Coríntios 11. A pessoa precisa realizar um alto exame. Sendo assim, não é possível que a criança consiga realizar tal exame, e compreenda da forma correta o significado da Santa Ceia.

Quanto aos pais, muitos acabam deixando os filhos de fora do momento da Santa Ceia, e isso não é o ideal. O correto é que os filhos estejam presentes e sejam ensinados gradativamente conforme vão adquirindo “entendimento”. Os pais devem instruir os filhos sobre o significado deste momento, para que tão logo também participem.

Posso tomar a Santa Ceia em casa?

Em algumas situações é permitido sim, sendo que estas situações são as mais variadas. Em casos de enfermidades ou de idosos, por exemplo, que não conseguem ir até o local onde a igreja de reúne, a Ceia é servida em suas casas ou hospitais. Também tem aqueles que passam longos períodos trabalhando em um lugar (país, cidade) em que não possuem a possibilidade de estar com os demais irmãos para juntos participarem deste momento.

Porém, muita gente acaba realizando a sua própria Santa Ceia em casa alegando uma espécie de “santificação”, “ato profético” ou simplesmente por se sentir no direito de estabelecer o seu próprio “momento” da Ceia do Senhor (geralmente esse tipo de afirmação vem acompanhada de críticas às igrejas e outras coisas mais).

Nesse sentido, não existe base bíblica que defenda tal atitude. A verdadeira essência da Ceia do Senhor é a comunhão entre o corpo de Cristo, reunido para lembrando a obra redentora de Jesus na cruz. Participar da Ceia com uma intenção individualista é repetir os erros da igreja de Corinto, e acabar participando indignamente.

A Santa Ceia e a Páscoa:

Claramente podemos traçar um paralelo entre a Ceia do Senhor e a Páscoa, porém não devemos cometer o erro de confundir a Santa Ceia com a Páscoa judaica.

O paralelo que podemos estabelecer é principalmente pelo fato de que Cristo é a nossa Páscoa, e foi sacrificado por nós (1Co 5:7), sendo o verdadeiro Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo através do seu corpo partido e seu sangue derramado, oferecido para a redenção do seu povo.

A nova aliança entre Cristo e a igreja foi evidenciada na Última Ceia antes da morte de Jesus, enfatizando a comunhão que aquele ato significaria para a igreja do Senhor.

Enquanto os judeus comemoram a Páscoa esperando um novo livramento como o Êxodo, nós nos lembramos do sacrifício salvador de Cristo que nos livra do pecado, e comemoramos o fato de que em breve Ele voltará, e juntos cearemos com Ele.

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